O
GOSTO PELA REALIDADE
Gosto
de cinema. Assisto filmes bons de quase todos os gêneros:
Faroeste,drama,ação,terror, mistério,policial,suspense
,horror,comédias e documentários.
Mas tem um gênero que não
suporto. É o musical. Não aquele musical que conta a historia de
uma banda ou aqueles que tem uma canção ou um pianista tocando no
meio da trama.
Me refiro aqueles que fazem do diálogo uma canção,
onde as conversas são curtas e a comunicação é por cantatas. Já
que os filmes representam os acontecimentos da vida, acho que o
cinema desse lado se confundiu ao querer criar um mundo que não
existe.
Nunca saí na rua cantando e cumprimentando as pessoas com
musica feita na hora, que nem sempre tem lá boa inspiração e para
completar sem um acompanhamento musical ,que maquia um pouco a cena.
Pessoas normais também nunca se comunicaram comigo cantando.
Agindo
dessa forma , certamente que ia ser admitido como louco, em qualquer
hospital psiquiátrico da região. Os norte- americanos que me
desculpem, quanto a isso. São líderes do cinema desde tempos
remotos ,até hoje.
Embora façam as coisas dentro de um molde ou
uma fôrma, que é o jeito deles, sempre gostaram de fazer propaganda
política usando o cinema. Pelo cinema,ensinaram milhões de pessoas
a fumar nos anos 40, dando uma alavancada na industria do fumo.(Veja
filmes de gangsters).
Gostam de contar bravuras e vitorias e nunca as
falhas e derrotas. Fazem filmes com pequenos fatos ocorridos de outro
lado do mundo, incidentes que muitas vezes nem chamou a atenção da
mídia internacional.
Mostram seus conterrâneos como heróis e se
esquecem de por nas telas o negro 11 de setembro, rico em detalhes,
roteiros e cenário na porta de casa. Só contam as vitórias.
Pode-se dizer que é um povo otimista.
Ou será quem o manipula? Mas
deixando isso de lado, voltemos aos filmes musicais. Obras de vulto
como a de Victor Hugo, tornam-se uma piada e perde a seriedade nas
telas. Nem o trailer de “Os miseráveis”, aguentei ver por
inteiro.
Quem inventou esse gênero para o cinema,devia ser um
teatrólogo fracassado. Esse tipo de arte cai muito bem, somente para
óperas. Ali , na limitância do palco, tem que haver algo mais para
prender a atenção do espectador, onde as cantigas são inspiradas e
executadas por gente boa de música e de voz.
Isso já não acontece
nos filmes, onde vemos o Volverine tentando se expressar pelo canto.
Ridículo. Considerando as fronteiras quase infinitas do cinema, isso
torna algo estranho e sem rasão.
É óbvio que tem a turma (e não é
pequena) , que gosta desse tipo de filme. Se você gosta de imaginar
este mundo transfigurado em musica, então assista e aprecie. Para
mim, a paciência acaba com os primeiros acordes.
Certamente que uma
legião de críticos ficam contra o meu gosto. Mas democracia é
isso. Tem que ter os dois lados.
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