A VIAGEM
Passei alguns dias com eles, contei o que tinha passado somente a parte que eu me perdi e que estava sendo perseguido por dois elementos. Também omiti o capitulo da onça, com medo que não acreditassem. Depois de dois dias em companhia dos parentes, os cães anunciaram que vinha gente.
Era uma tarde ensolarada e os gafanhotos faziam um barulho estridente no capinzal próximo. Meu cunhado recomendou que me escondesse dentro do paiol e esperasse chamar. Passado meia hora ele veio dizendo que eram dois indivíduos que procuravam uma pessoa desaparecida da vila.
Fiquei mais tranqüilo em me ver fora do problema No dia seguinte, soubemos que dois cavaleiros foram atacados por uma enorme onça no crepúsculo. Um morreu e outro estava gravemente ferido. Veio em minha lembrança, à amiga que me guiou sob a luz da lua. Passado mais alguns dias, meu cunhado foi ate a vila fazer compras. Lá ficou sabendo que o desaparecido fora encontrado.
Alguém ao passar pelo local viu um movimento de urubus e foi verificar se era alguma vaca que caiu na barroca. Deu com o já esqueleto do meu agressor. Foi reconhecido pelas botas e pelos restos das roupas. Suspeitavam que o animal em que estava montado, se assustou com algum bicho e numa ladeada repentina jogou o cavaleiro no buraco.
No dia de retornar, voltei a cavalo, acompanhado de meu cunhado. Ele me fez guarda até outra vila, mediante meu pedido de não voltar pelo mesmo caminho. Lá peguei uma jardineira e comecei a longa viagem de volta. Depois de tudo isso, fiquei com medo de fazer viagens longas para lugares ermos.
FIM
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