Festança alienada




















Na passagem do ano,vi que o brasileiro - ou os políticos , que são a extensão
dos hábitos do povo -, esquecem pelo menos momentaneamente dos
dissabores e dos desastres, para comemorar com toda euforia o começo de
novo calendário. Foi o caso de Florianópolis onde quem sabe, devem ter
participado até os desabrigados da última catástrofe.

Segundo a narradora da tv monopólio,eles estavam comemorando a volta
por cima e com isso esquecendo os dissabores que a natureza os trouxe.
Cá entre nós, vem a pergunta: Se tinham dinheiro para tal evento, porque
então o país inteiro os ajudou ? Ou será que a ajuda foi tão grande que
sobrou algum trocado para os foguetinhos chineses.

Fica aí a questão. No Rio,como sempre, a venus platinada tenta empurrar
a idéia que a cidade continua maravilhosa e que lá é o melhor lugar do
mundo. O fogos chegaram a lampejar os barracos dos morros miseráveis,
que circundam a cidade. Enquanto os ricos assistiam o espetáculo
a bordo de enormes transatlânticos, em uma posição confortável, os pobres
se esfregavam comprimidos na praia em frente, a mercê dos batalhões de
assaltantes.

Hoje ja começa a cair a ficha para muitos. Aí vem o IPVA, o IPTU, seguro
do carro e quatro meses pela frente para trabalhar somente para saciar a
fome implacável de arrecadação do governo. Imposto é o que não falta. E
quando se dá conta, o cidadão está no meio do janeirão, pagando as dívidas
e já de olho na próxima farra de fevereiro.
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