O revoltado




















Eu sou um grande revoltado,
Represento o ofendido.
Nasci bem aqui, deste lado,
Não foi por eu ter escolhido,
Ou alguem ter me consultado.
Quando vi, ja era surgido,
Como se fosse empurrado.
E me confesso , bem perdido.

É com tudo, revolta minha
Que se pratica de errado.
Desde fome de criancinha,
À político safado.
É com falsa ladainha,
Ou silêncio planejado.
Com o calor além da linha,
Ou com frio exagerado.

Se chove demais , mais reclamo.
Se não, fico preocupado.
Todo poluente não amo,
Que no planeta é gerado.
Em meus pulmões sinto dano,
De empresário alucinado.
Falta compreensão e o ramo,
De um amor impregnado.

Se não houver tudo isso,
Estamos muito malfadados.
Minha luta e compromisso,
Vai para os desconcertados.
O rico de sempre, omisso,
E o pobre mais destroçado.
Na ignorância o sumiço,
De saber não alcançado.

O pervertido nesta vida,
É não existir igualdade.
E cada vez mais constrangida,
Fica nossa sociedade.
Em ver, densa trilha perdida,
Que caminha a mocidade,
Na educação exaurida,
A antiga deixa saudade.

Nossa gente é esquecida,
Lá no campo e na cidade.
E a corrupção surgida,
Se torna a imensidade.
A moral fica mais sumida,
Na bem moderna irmandade.
E é por poucos defendida,
No país da impunidade.

Dizem que é tempo vencido,
Que está chegando com maldade.
Onde o povo é coagido,
Buscando a felicidade,
Em um lugar mais defendido,
No querer da privacidade.
Quando muro é construído,
Para isolar a verdade.

Na revolta cotidiana,
Que floresce em minha mente,
Olho-a bem mais leviana,
A má escola consciente.
Nosso ser jamais se engana,
Com pessoa incompetente,
No governo que busca fama,
Com procura inconseqüente.

Esta vida é uma disputa,
Que bem começa ao se nascer.
Com tudo isso , gente labuta,
Para mudar o acontecer.
É uma grande luta estulta,
Sem conseqüência para sofrer,
O destino é a minuta ,
Do que nossa vida vai ser.
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