Três paixões
PAIXÃO NÚMERO 2
No atual mandato, Lula já passou quatro meses e meio no exterior
Tempo que presidente dedicou a essas viagens aumentou 68% em
relação a igual período do primeiro mandato.
Guilherme Scarance
ESTADÃO
"Nem tudo é a beleza da Sorbonne ou a maravilha de Londres", ironizava
o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, referindo-se à
agenda internacional do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Ele viajou ao exterior, em 7 anos de mandato, 355 dias." Seis anos depois,
a bordo do Airbus ACJ, que comprou por US$ 56,7 milhões, Lula continua
batendo todos os recordes do antecessor em número de viagens ao
exterior, países visitados e dias fora do País, segundo levantamento feito
pelo Estado.
Em 2007 e 2008, o presidente dedicou 138 dias - quatro meses e meio -
à agenda externa. Um aumento de 68% em relação aos 82 dias que passou
fora do Brasil em 2003 e 2004, igual período do primeiro mandato.
Se, em tese, refizesse todas as viagens internacionais do segundo mandato
sem interrupções, uma após a outra, Lula teria se ausentado da capital
federal de 1º de janeiro a 17 de maio.
A Presidência buscou novas rotas - subiu de 35 para 46 o total de países
visitados no segundo mandato e de 30 para 39 o total de viagens
internacionais, em comparação com 2003 e 2004. Foi da Suíça de Davos
ao Vietnã, onde se encontrou com o general Vo Nguyen Giap, estrategista
que derrotou a França e os Estados Unidos.
?SUCATÃO?
Poucos meses após receber a faixa presidencial, em janeiro de 2003, Lula
já superava FHC em viagens . À época, se deslocava a bordo do Boeing 707,
apelidado pelo ex-chanceler Luiz Felipe Lampreia de "sucatão".
Nos primórdios de seu programa quinzenal de rádio, o Café com o
Presidente, em junho de 2004, ele já prestava contas: "Os resultados são
extraordinários. Já tivemos grande aumento das exportações."
Lula também prometeu reverter o eixo diplomático, tirando o foco dos
países ricos, com a meta de desbravar novos mercados e horizontes, a
diplomacia intitulada "Sul-Sul". Os giros pelo Hemisfério Sul, tanto no
primeiro como no segundo mandato, foram constantes. Em 2007 e 2008,
foi cinco vezes à Argentina - principal destino no novo mandato -, três
vezes ao Paraguai e à Venezuela. Visitou seis nações africanas.
AUSÊNCIA OU AVANÇO?
Ele gosta mesmo é de ir a África. Lá ele vê que tem lugar pior que aquí.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário