Acordo fajuto



















OS PORTUGUESES NÃO GOSTAM DO ACORDO ORTOGRÁFICO

O tempo e as divergências culturais dos povos só aumentaram as diferenças
entre a nossa língua e a tradicional língua portuguesa. Tiramos a letra C de
"objectos", o ph da farmácia e as tremas da "saüdade"; sem que, para nós,
elas fizessem tanta diferença assim. Mas numa nova tentativa de unificação
ortográfica, em 1990, representantes dos oito países lusófanos (Portugal,
Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde
e Timor Leste) decidiram simplificar a grafia e unificar algumas regras.

A implementação é muito lenta já que há a necessidade de que todos os países
ratifiquem as mudanças. Em Portugal, por exemplo, o acordo ortográfico,
apesar de ratificado já em 1991, tem sua validade questionada pela Associação
Portuguesa de Linguística e a Faculdade de Letras de Lisboa.Lá como cá há
muitos que rechaçam a unificação.

Lá por zelo do abrasileiramento da língua; cá pelo "emburrecimento" do idioma
e da reforma "meia sola" como diz o professor Pasquale Cipro Neto que alerta
que "além de não ser uma reforma de fato, vamos enterrar dinheiro em uma
mudança que não trará efeitos positivos". O professor Cláudio Moreno vai
além e sustenta a opinião de que "essa idéia messiânica, utópica de que a
unificação vai transformar o português em uma língua de relações
internacionais é uma tolice".

Independentemente dos questionamentos, o presidente Lula, conhecido por
seu analfabetismo funcional, tornou oficial a introdução da reforma ortográfica
no país em 29 de setembro passado. De acordo com a resolução, a reforma
entra em vigor em primeiro de janeiro de 2009, mas as duas grafias (a antiga
e a nova) continuarão valendo até dezembro de 2012.Abaixo as principais
mudanças na ortografia e neste link todo o acordo:

Cai o acento diferencial .Aquele acento que diferenciava palavras homônimas
de significados diferentes acaba. Assim, pára do verbo parar vai ficar apenas
para. O acento diferencial permanecerá nos seguintes casos:
pode (como presente do indicativo) e pôde (no pretérito)por (preposição) e
pôr (verbo).A terceira pessoa do plural de ter e vir permanece com acento,
assim como suas variações. Eles têm, eles intervêm.

Dupla acentuação. Há algumas diferenças de acentuação entre o Brasil e
Portugal principalmente quando se fala do acento circunflexo e agudo.
Assim, nós brasileiros escrevemos econômico e os portugueses, económico.
Essa diferença foi mantida. Eliminação de acentos em ditongos. Acaba-se o
acento nos ditongos "ei" paroxítonas. Assim, idéia vira ideia. O acento
circunflexo quando dois "os" ficam juntos também some. Assim, vôo vira voo.

Fim das letras mudas. Em Portugal, é comum a grafia de letras que não são
pronunciadas como facto para falar fato. Essas letras somem com a reforma.
Fim do trema. O acento é totalmente eliminado. Assim, a palavra freqüente
passa a ser escrita frequente. Só nomes estrangeiros como Müller manterão
o trema.Inclusão de letras. As letras antes suprimidas do alfabeto português
k, y e w) voltam, mas só valem para manter as grafias de palavras estrangeiras;

Mudanças nos hifens.
Sai a maioria dos hifens em palavras compostas. Assim pára-quedas vira
paraquedas. Quanto houver necessidade, será dobrada a consoante. Assim
contra-regra vira contrarregra. Será mantido o hífen em palavras compostas
cuja segunda palavra começa com h como pré-história. Em substantivos
compostos cuja última letra da primeira palavra e a primeira letra da palavra
são a mesma, será feita a introdução do hífen. Assim microondas vira
micro-ondas.

As palavras que têm os prefixos ex, sem, além,aquém, recém, pós, pré e
pró ficam com o hífem. Portanto, será escrito como antes: ex-presidente,
sem-terra, recém-nascido e pós-graduação. Assim como as palavras com
os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Quem escrevia
jacaré-açu vai continuar escrevendo jacaré-açu.

Você sabe o porque nosso idioma mudou tanto em relação ao de Portugal?
Logo depois da independência do Brasil, todos os escritores, tomados pelo
sentimento de liberdade, diziam que não bastava que houvesse somente
uma independência política de Portugal, senão que também era preciso
estabelecer uma independência cultural. Assim, o Brasil nunca reconheceu
a autoridade lingüística de Portugal.

As divergências ortográficas foram ocorrendo e, desde 1924, procura-se
uma ortografia comum.Em 1945, houve um acordo de unificação que se
tornou lei em Portugal. No entanto, como não foi ratificada pelo congresso
Brasileiro, a ortografia aqui continua a ser regida pelas disposições de
1943 apesar da outra reforma ortográfica no português brasileiro de 1971.
Caro amigo Webmaster, por favor utilize esta URL para a referência e
para troca de links.

Isso é o mesmo que tentar prender o vento. Aqui no Brasil mesmo, os
cariocas esculhambaram com a fala. Deveriam fazer uma gramática só
para eles, inventando uma letra que represente os xiiiss no lugar dos
ésses. Imaginem agora com países de cultura diferente. Ninguém vai dar
a mínima importância.
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