O mundo dos espertos



A competição esquenta no mercado de encomendas
Armadas com tecnologia, empresas usam expansão do e-commerce para ganhar mercado dos Correios
08 de agosto de 2011

  Fernando Scheller - O Estado de S.Paulo
O crescimento vertiginoso do comércio eletrônico no País mudou a cara do mercado de entregas expressas. Na era do varejo online, não basta apenas entregar, é preciso também estar preparado para informar ao consumidor final todos os movimentos da mercadoria adquirida. 


No vácuo da lenta reação dos Correios a essa nova realidade, empresas privadas agiram rápido e investiram em tecnologia, abocanhando parte de um mercado que o gigante público dominava quase sozinho.


Apesar de ainda serem líderes no transporte de pequenos pacotes - de até dez quilos -, os Correios perderam espaço ao não dar a devida importância ao "meio do caminho". Hoje, varejistas querem informar o status das compras em seus sites, por e-mail ou SMS.

 "A vantagem dos Correios é a abrangência nacional. Mas a informação sobre a carga está abaixo da média do mercado - e a resposta a eventuais problemas é mais lenta", diz um executivo do setor.

Enquanto os Correios tentam corrigir suas ineficiências, empresas como a Direct Express apostam alto no atendimento ao e-commerce. A empresa foi alvo de um dos primeiros processos de fusão e aquisição no segmento de encomendas de pequeno porte.

 Interessada em abrir um novo mercado, a Tegma - conhecida pelo transporte de automóveis zero quilômetro para montadoras - comprou 80% da Direct em março deste ano, por R$ 77 milhões.

De acordo com Enrico Rebuzzi, diretor-geral e um dos fundadores da companhia, o negócio deu à Direct mais fôlego para financiar a própria expansão. No ano passado, o faturamento da companhia cresceu 60%, atingindo R$ 130 milhões.

 Até o fim de 2011, a Direct investirá R$ 15 milhões na renovação da frota e na automatização da separação de encomendas. O executivo conta que a mudança do perfil dos produtos vendidos pela internet, com o crescimento da fatia dos eletrodomésticos da linha branca, motivou a compra de veículos de maior porte. 

Com a nova esteira de triagem, a capacidade de manuseio de pacotes da Direct vai dobrar, subindo para 100 mil unidades por dia.

A Direct Express também colocou tecnologia nas ruas. Cada entregador recebeu um aparelho móvel com rádio e conexão à internet para informar à central eventuais dificuldades no destino.

 Esse trabalho de rua responde, segundo Rebuzzi, à expansão do varejo online na classe C. "Hoje, as entregas saíram da rota onde só há prédios com porteiros. É preciso saber improvisar e entregar o pacote no vizinho, caso seja necessário", explica. 

O executivo conta que há dificuldades em cerca de 10% das entregas, mas diz que a metade delas é resolvida quando a central negocia uma solução com o consumidor, repassando a informação ao entregador.

As aéreas também estão de olho no setor de encomendas, usando as cargas como fonte de receita complementar. A TAM, por exemplo, é hoje a principal parceira da Direct Express por via aérea.

 A Azul Cargo nasceu em 2010 para disputar mercado, enquanto a Trip criou, no mês passado, uma subsidiária para o mesmo fim. Na GolLog, braço de encomendas da Gol, o movimento cresceu 60% no ano passado, segundo o diretor de cargas da companhia, Carlos Figueiredo.

 "Buscamos uma fatia do mercado dos Correios, incluindo o comércio eletrônico", diz. O executivo afirma que é possível ser competitivo em relação ao preço do Sedex, já que os 960 voos diários da companhia decolam com ou sem o faturamento adicional gerado pelos pacotes.

De acordo com Flávio Dias, diretor de e-commerce do Walmart no Brasil, a variedade de fornecedores é um antídoto a dores com reclamações de clientes. 

Hoje, a gigante americana trabalha com 17 parceiros logísticos - assim, explica o executivo, é possível substituir rapidamente uma empresa que tenha dificuldades em realizar entregas.

Peças. Outro mercado que alimenta a movimentação de encomendas de até dez quilos é o de transporte de peças para assistência técnica e indústrias. Originada a partir da antiga Vaspex, a JadLog transporta itens de reposição para as montadoras Ford, Volkswagen e JAC.

Com receita prevista de R$ 260 milhões em 2011 - alta de 40% sobre o ano passado -, a companhia tem 30 pequenas aeronaves próprias e neste ano firmou parceria com a Total Linhas Aéreas para operar um avião de maior porte.

Nesse nicho, a JadLog vai bater de frente com gigantes internacionais como UPS e DHL. A UPS pretende mais do que dobrar sua área de atuação no segundo semestre, atingindo mais de 200 cidades.

 O transporte entre empresas é atrativo porque abre espaço para a cobrança de preços mais altos. Enquanto as margens do varejo online são apertadas, o atendimento a encomendas essenciais prioriza o fator tempo.

 "O posicionamento é de serviço premium", afirma Juliana Vasconcelos, diretora de marketing da DHL Express. 

Décadas atrás o corrêio era uma empresa que se prestava unicamente a entregar cartas.Parece que não auferia lucros com os serviços.Havia muita corrupção, principalmente dos carteiros e muita correspondencia desviada.  O usuario não tinha a quem reclamar.

Nos tempos da ditadura militar, fecharam todas as agências de cidades pequenas.As cartas somente chegavam ao destinatário por meio de outras pessoas.


O serviço ficou as moscas.Nas cidades maiores o volume de correspondência se acumulava, sem solução.(Mas isso ja é um outro assunto para uma outra postagem). Aos poucos  e devagar as agências voltaram a funcionar novamente.

Daí  algum político esperto descobriu que o  negocio podia dar lucro e copiou o sistema americano "Fedex".Surgiu assim o Sedex que é uma cacetada no bolso do usuário. A corrupção também continuou só que agora em níveis mais altos, praticados pelos petralhas que ganharam altos postos na empresa.


Mediante isso a concorrência que não dorme no ponto , entrou com seus serviços mais baratos e abocanhou parte do mercado.

Isso ja aconteceu no sistema educacional. Com o baixo nível de ensino implantado por governos corruptos e mal intencionados os empresários começaram a implantar cursos pagos e mais eficientes. Com o tempo, ficou como está agora.O ensino oficial sucateado e o particular faturando horrores.


A mesma coisa aconteceu no setor da saúde.Empresários espertos e também mal intencionados criaram empresas para cobrir as falhas .Hoje temos planos de saúde que atendem os mais jovens  e rejeitam os mais velhos.


Então chegamos a conclusão que os governos sempre foram incompetentes nos setores de atendimento a população.Seja na saúde, na educação e nas entregas de correspondência.

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