Parando o boi barrica



Delegados da PF criticam anulação pelo STJ de grampos contra Sarney
Eles temem que outras operações do mesmo porte tenham destino semelhante que a Boi Barrica
17 de setembro de 2011

Fausto Macedo. Jornal O Estado de São Paulo
Delegados da Polícia Federal se declaram perplexos com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que mandou anular as provas da Operação Boi Barrica. Os delegados consideram que o Judiciário se curva ante investigados que detêm poderes político e econômico.

Operação Boi Barrica da PF investigou suspeitas de crimes cometidos pela família de José Sarney
Eles temem que outras operações de grande envergadura poderão ter o mesmo fim a partir de interpretações de ministros dos tribunais superiores que acolhem argumentos da defesa.

Foi assim, antes da decisão que tranca a Boi Barrica, com duas das principais missões da PF, deflagradas em 2008 e em 2009, a Satiagraha e a Castelo de Areia - ambas miravam empresários, políticos e até banqueiro.

"A PF não inventa, ela investiga nos termos da lei e sob severa fiscalização", disse o delegado Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, diretor de Assuntos Parlamentares da Associação Nacional dos Delegados da PF.

"No Brasil não há interesse em deixar investigar", afirma Leôncio. "As operações da PF são executadas sob duplo grau de controle, do Ministério Público Federal, que é o fiscal da lei, e do Judiciário, que atua como garantidor de direitos. Não existe nenhum país no mundo que a polícia sofre essa dupla fiscalização."

"Aí uma corte superior anula todo um processo público com base em que? Com base no 'ah, não concordo, a fundamentação do meu colega que decidiu em primeiro grau não é suficiente'. Nessa hora não importa que os fatos são públicos e notórios e que não há necessidade sequer de se ficar buscando uma prova maior."

Quase toda a administração pública está desprestigiada. Mais ainda o STF que é formado por elementos indicados pelo governo. Nos últimos tempos vem ocorrendo uma trapalhada atrás de outra. Eles se consideram como deuses, onde a ultima palavra além de ser deles, não tem como ser contestada.


Nos dá vergonha em ser brasileiro, vendo tanta promiscuidade política.Ainda mais em um órgão que deveria ser a mais pura representatividade da justiça . Não temos mais no que acreditar neste mar de lama ( para não dizer M....). Sodoma e Gomorra foram destruídas pela ira Divina,  por muito menos do que está aí.

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