Declaração



Na Câmara, Lupi pede desculpas a Dilma e diz: "eu te amo"
10 de novembro de 2011 • 10h49 •

'Eu te amo', diz ministro suspeito de corrupção para Dilma
Terra.com.br
LARYSSA BORGES
Direto de Brasília
Sem dificuldades ou pressões políticas no depoimento que prestou à Câmara dos Deputados, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi (PDT), negou nesta quinta-feira a existência de um esquema de corrupção em sua pasta.

 Voltou a pedir desculpas à presidente Dilma Rousseff (PT) por ter afirmado que só deixaria o cargo "abatido à bala" -dizendo, inclusive, que a "amava" - e ironizou o "ódio" de parte da oposição contra ele.

O ministro do Trabalho coordena a pasta cujos subordinados participariam de um suposto esquema de cobrança de propina de organizações não-governamentais (ONGs) para viabilizar o repasse de recursos públicos a cursos de capacitação profissional.

"Tomei a iniciativa de apurar porque eu não temo, mesmo (as denúncias) sendo vazias. Não podem colocar o nome de alguém na lama simplesmente porque alguém, escondido no anonimato, acusa. Não podemos viver em uma democracia em que só um lado acusa. Não julgo ninguém nem prejulgo ninguém", disse ele.

"Nunca vou desafiar a presidente Dilma independentemente de cargo. Não é cargo que nos guia na vida, é causa. Posso ser tudo, mas não sou uma pessoa deseducada, deselegante e muito menos despreparada.

 Presidente Dilma, desculpa se fui agressivo, não foi minha intenção. Eu te amo", disse Lupi. O tom agressivo da defesa inicial de Carlos Lupi após o estouro das denúncias - ele havia "desafiado" Dilma a tirá-lo do governo - havia incomodado o Palácio do Planalto.

Confrontado com o líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), que afirmou que Carlos Lupi estaria à beira do "beijo da morte", o chefe da pasta do Trabalho provocou: "senti tanto ódio na fala do líder Duarte Nogueira".

 "Não fomos nós que não quisemos o DEM e o PSDB, foi o povo. Não fomos nós que dissemos que o Lula é o melhor presidente do Brasil, foi o povo", ironizou ele. "Eu não ofendi ninguém. Só falei que ele sentiu ódio", justificou aos demais parlamentares.

Ao participar da audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, Lupi ainda atacou setores da imprensa, rebateu a provocação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria "doado" ministros ao governo Dilma Rousseff e condenou denúncias que provocariam uma "onda de denuncismo". 

Para ele, as acusações anônimas de corrupção contra sua pasta refletem uma sociedade que beira um "tribunal de inquisição".

¿Que sociedade é essa que crucifica sem perguntar o nome, que odeia sem conhecer, que condena com denúncia anônima sem nenhuma prova? O que nos incomoda é que estamos vivendo em uma sociedade que é um verdadeiro tribunal de inquisição, se condena sem defesa baseado em uma denúncia anônima.

 Se coloca nome de pessoas honradas até o momento - porque se deve trabalhar com a presunção de inocência - sem qualquer prova", disse ele.

"Corrupção dentro do Ministério do Trabalho, no meu partido, não há. Àqueles que estão afirmando que existe cabe o ônus da prova. Tem muita gente com muita maldade. As pessoas acham que na política a gente é só gente safada. 

Não vou me conformar enquanto isso não chegar ao fim", afirmou o ministro. Ele admitiu que podem haver irregularidades pontuais na pasta, mas não um esquema de corrupção instalado, e ainda negou ter utilizado um jatinho de um dos dirigentes da Fundação Pró-Cerrado, ONG com contrato no governo.

"Em nome do PDT, corrupção e extorsão não há. Não tenho controle lá na ponta se algum funcionário pode estar fazendo alguma coisa de errado. Controle, e não conivência.

 Tenho meus erros, não morais, como ser humano. Estou desafiando que apareça o denunciante dizendo quem pagou e quem levou. Isso é uma questão de honra", afirmou Carlos Lupi.

Convênios
Conforme o ministro, de 2003 até hoje, foram assinados 491 convênios diretos com instituições sem fins lucrativos. Atualmente, 97 estão vigentes. De todos os convênios, no entanto, 148 têm prestação de contas aguardando análise, 103 ainda não apresentaram prestação de contas, quatro tiveram contas rejeitadas e um foi cancelado.

Autoridades tem que ter muito cuidado ao fazer declarações ou mesmo com o falar do dia a dia.Êsse aí, cometeu duas falhas: A primeira em se julgar inatingível. Aliás, êsse é o espírito dos nossos políticos de plantão.

Em segundo foi criticar as denuncias anônimas.Em um país onde não se tem garantias, a denuncia anônima torna-se uma ferramenta de valor.Vejam que até a polícia usa dela.E sempre pega malfeitores baseando-se nelas.

Acho que é muito válida também para o alto escalão.Fico impressionado com a freqüência delas. Parece que a lama da corrupção é tanta que Brasilia está quase submersa.

O povo tem que acordar de seu sono letárgico e partir para manifestações .O Chile é um país onde o povo é mais politizado que o nosso. Por pouca coisa eles estão enchendo as ruas e pressionando o governo a tomar medidas.

Aquí as manifestações são para o direito do homosexualismo  e legalização da maconha.Povo sem noção, país sem futuro.

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