Invasão mórbida



11/11/2011
Carrapatos ainda infestam áreas da USP em Ribeirão Preto

Folha.com
ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

A infestação de carrapatos no interior do Cefer (centro de lazer) da USP em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), que está fechado há dois meses para controle do parasita, já está contida. Mas a infestação em outros locais da universidade segue alta.

As informações são de Carlos Alberto Perez, coordenador de pesquisa em controle do carrapato-estrela da Esalq/USP de Piracicaba, e da coordenadoria do campus.

Além das capivaras existentes na área, os carrapatos podem ser levados de um lugar a outro na USP (Universidade de São Paulo) por cães, gatos e gambás.

Segundo Perez, o ginásio e as salas de aula do Cefer já podem ser reabertos.

Já as áreas externas, como a pista de atletismo e a quadra de futebol, por exemplo, ainda estão infestados.

A aproximação de professores e alunos pode aumentar o risco de transmissão da febre maculosa nesses locais.

Em junho, um educador de práticas esportivas da USP teve uma forte reação alérgica às picadas de carrapatos. O caso chamou a atenção da universidade, que vetou o acesso ao local em setembro.

Atualmente, outras áreas, como a biblioteca e o local em frente à Faculdade de Medicina, também tiveram carrapatos, ou seja, os ácaros não estão restritos ao Cefer.

Foi em uma festa em frente à medicina no mês passado que uma aluna de enfermagem foi picada por carrapatos e desenvolveu sintomas semelhantes ao da febre maculosa --um laudo irá confirmar a doença.

A coordenadoria do campus informou que trabalha na contenção e para que a liberação do Cefer ocorra "o mais rápido possível". Porém, não há data para isso acontecer.

AÇÕES

Há 15 dias a USP começou a aplicar carrapaticidas na Escola de Educação Física e Esporte e na FEA-RP, além do interior do Cefer, afirmou Dalton Mataruco, da seção de parques e jardins da instituição.

Perez disse que, apesar dos avanços, o controle dos carrapatos ainda está na fase inicial. Segundo ele, até fevereiro deverá ser feito o mapeamento dos ácaros para saber as áreas de infestação.

A colocação de barreiras físicas para conter o avanço das capivaras, do lago para o campus, ainda não foi feita.

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