Primeiro voo



















Em 1963 eu e mais um colega de trabalho fizemos uma viagem até
Londrina , no Paraná. Foi a primeira vez que viajei de avião. Ainda
era daqueles bimotores a hélice e a gente via correr filetes de óleo
pela superfície do enorme motor, enquanto voava. A paisagem abaixo,
ficava meio obstruída pela asa da aeronave. Foi uma emoção e tanto,
quanto da primeira vez quando criança, que andei de ônibus.

Londrina naquele tempo ainda era uma cidade média, não tinha
muitos prédios altos e era espalhada e bem distribuída. Largas
avenidas cortavam a cidade de uma ponta a outra.
Entrando no Google hearth estes dias, vi que a cidade se tornou
enorme, bonita e pelo que parece pelas fotos , bem cuidada. É muito
difícil ser grande e bonita.

A periferia de São Paulo por exemplo é horrível e deprimente.
Campinas, idem.Parece que nossa estadia por lá foi meio rápida,
só o tempo de fazer um levantamento para instalação de ar
condicionado e logo voltamos.

Para termos noção de uma cidade, temos que ficar alguns dias e mexer
bastante . Fico pensando que, no Brasil, existem certas cidades bonitas
que parecem que não fazem parte do país. São independentes e
lideram uma populosa região. Independentes no modo de ver
superficialmente e com alguma fantasia, porque na verdade elas
sentem os mesmos problemas administrativos que todas as cidades
sentem .

Mas vale a pena sonhar que é um lugar livre de corrupção e desvinculada
das leis do planalto. Na foto , estou eu com meus vinte anos e nada de
concreto na cabeça.Ficou na memória, ficou nas lembranças. É tempo que
vem, é tempo que passa. Grande abraço aos amigos Londrinenses
.Faço
votos que sempre seja uma Londres ensolarada e sem smog.
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