Depressão















OMS ALERTA PARA AUMENTO DE SUICÍDIOS DURANTE
CRISE.
Mercados internacionais em queda e cidadãos comuns preocupados,
quando não em depressão; crise financeira pode interferir em questões
de ...Pra baixo. Mercados internacionais em queda e cidadãos comuns
preocupados, quando não em depressão; crise financeira pode interferir
em questões de saúde pública, alerta diretora da OMS.

Para autoridades da Organização Mundial de Saúde (OMS), a crise
financeira global trouxe uma nova preocupação: o aumento da
ocorrência de suicídios, como se junto da desvalorização da bolsa,
se intensificasse a depreciação do valor da vida.

A mulher de Ohio, nos Estados Unidos, que aos 90 anos decidiu se
matar quando foi notificada de que havia perdido sua casa, onde
havia vivido por 38 anos, foi um caso relativamente benigno se
comparado com o do consultor financeiro, nascido na Índia, Karthik
Rajaram, que foi encontrado morto junto com sua esposa, seus três
filhos e sua sogra, depois de ter perdido tudo o que tinha, até o
emprego, conseqüência do colapso financeiro.

Numa carta na qual prenunciava o próprio suicídio e os cinco
assassinatos, Karthik sinalizava como causa a incapacidade de superar
com vida os efeitos do fracasso de seus negócios, para ele e para sua
família."São conseqüências da crise, que multiplicarão os suicídios e os
transtornos mentais", anuncia alarmada Margaret Chan, diretora
da OMS.

Para esta entidade, o suicídio é um indicador de um problema de saúde
pública e traz à tona riscos psico-sociais tão graves como os que põem
em perigo a integridade física das pessoas, portanto, deve-se deixar de
considerar o suicídio como tabu ou como exclusivamente efeito de uma
crise.

Pesquisas realizadas na Colômbia confrontam-se entre as que dão conta
de que os colombianos são os mais felizes da América Latina e as que
apontam para altos índices de suicídio associado a uma surpreendente
cifra de transtornos mentais atribuídos à violência. A pesquisa do ministério
de Saúde sobre a saúde mental na Colômbia revela que 26 milhões de
colombianos tiveram relação com alguma ameaça, seqüestro, homicídio,
morte natural ou acidental, ou algum suicídio, e que este fato proporcionou
um sentimento de raiva em 24,5% das pessoas, de desolação em 37,7% e
amargura em 8,6%.

Tem a ver essa situação com esses 1771 suicídios registrados em 2007?
Segundo explicam as autoridades, os grupos mais propensos ao suicídio na
Colômbia são os maiores de 60 anos e as crianças a partir de 10 anos. Neste
grupo infantil, o suicídio é a terceira causa de morte. Desde 1918, quando o
país registrou com surpresa o suicídio de um garoto de 10 anos, a situação
mudou para pior.

Os especialistas discutem, repassam estatísticas e histórias e propõem
explicações: o suicídio de crianças tem a ver com a Internet? A surpreendente
hipótese encontra apoio em dois feitos: a Internet isola, torna frágeis e
quebradiços os vínculos com os demais. O contato virtual que causa é uma
débil relação que não substitui o vínculo do encontro real com os outros; mas
é mais contundente o outro fato que qualquer um que digita a palavra suicídio
em mecanismos de busca pode comprovar. Entre as opções que se abrem
aparece "técnicas de suicídio" ou modos de deixar a vida. Se põem ao alcance
de qualquer solitário explorador.

Outros especialistas atribuem o aumento dos suicídios de crianças à violência
familiar e esse fatos coincide com os que explicam suicídios de idosos por sua
situação de abandono da vida social e familiar, e a violência que se exerce
contra eles. As cifras são assombrosas: nos últimos dois anos quadruplicou
o número de idosos vítimas desta enfermidade social. Este é o termo que
os especialistas usam para denominar essa atitude autodestrutiva que fica
mais aguda nos tempos de crise na sociedade.

Ao lado dos especialistas que tratam de conjurar os demônios soltos da
recessão e das quebras em cadeia, as autoridades da saúde pública têm
acendido a luz vermelha pelo que pode acontecer com todas essas pessoas
que desfrutavam dos outros em paraísos de consumo em que foram convertidos
os países desenvolvidos e de altas classes.

Acostumados com as delícias que os créditos generosos colocavam ao alcance
de suas mãos, as fáceis hipotecas e o dinheiro, hoje elas não conseguem resolver
o conflito emocional que traz a venda do iate e a impossibilidade de reavê-lo; ou
a substituição do carro de luxo por um mais modesto, ou a necessidade de
abandonar o faustoso apartamento. Instalados em um modo de vida confortável
que eles presumiam imutável e seguro, nunca elaboraram um plano B que lhes
serviria de alternativa.

Em 1929, pela falta desse plano, algumas das vítimas da quebra geral optaram
por saltar das janelas, como os indígenas que partiam em massa para os abismos
ou se enforcavam diante da quebra que significava para eles o domínio do invasor
espanhol; ou como os romanos que expunham no senado suas razões para
deixar a vida, como o argumento para obter licença de suicídio.

Diante desta quebra do valor da vida - que não tem ações em Bolsa, mas que
explica o que ali se joga - a OMS e todos os que velam pela saúde humana
enfrentam a necessidade de um plano B, que seja uma alternativa ao desespero
dos novos pobres: pôr ao seu alcance motivações para viver que não sejam
o dinheiro; valores de sobrevivência em meio à crise, ou simplesmente, um
pouco de esperança.

Terra Magazine

Enquanto o ser humano ficar ligado nas coisas materiais e que tal ligação se
chama "capitalismo", a nossa historia continuará repleta de casos sinistros
de pessoas que não veem outra saida e não conseguem se desprender da
cultura do "ter". Bens de consumo, móveis e imóveis continuarão por aqui,
quando a validade de nosso físico ficar vencida e passarmos para outra.

Essa cultura do capitalismo é tão arraigada na cabeça do homem, que nos
momentos de crise ele esquece até de Deus. Aqui no Brasil ja houve várias
crises das quais todos fomos vítimas. Me lembro da crise do ano de 1982,
quando perdi o emprego ,tinha os filhos pequenos e uma casa financiada
para pagar. Hoje vejo feliz que consegui superar a custa de muita batalha.
A empresa que me demitiu , depois de muitos anos ,entrou em decadência
vertiginosa e teve que vender o patrimônio para uma outra. Ri melhor,
quem ri por último?

Na época em que o Collor foi presidente, ele causou uma depressão no
país, nunca antes registrada ,pelos enormes males que causou. Milhares
de pessoas perderam quase tudo na famosas poupança. Essa poupança
era algo falso, pois na verdade os juros eram iguais os de hoje: irrisórios.
Mas tinha a tal de "correção monetária" inventada pelo medíocre
ministro da fazenda, eras atrás, chamado Delfin Neto.Essa correção
compensava a inflação do mês anterior, dando a impressão que era
ganho real. O povo aquele tempo ja era bobo.

Morreu muita gente do coração e muitos outros praticaram o suicídio.
Até hoje não vi nenhum relatório referente a essa gente desaparecida.
O causador do desastre, continua livre e milionário como sempre,
como acontece por aqui com os bandidos ricos.

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