A máfia dos planos de saúde 2


















O ARRASTÃO DOS PLANOS DE SAÚDE

Atualmente existem cerca de 39 milhões de pessoas nos planos de saúde
privados no Brasil. Como em todas as empresas privadas, o objetivo desses
planos é o lucro. Isto, na saúde, mais que em outras áreas, mostra a
crueldade social do capitalismo.Muitos desses planos de saúde pagam
pouquíssimos impostos, ou não pagam diretamente, como a Unimed.
São considerados de “utilidade pública”.

Conseguem essas mamatas através de financiamento de campanhas eleitorais
e relações fraudulentas com os governos.Apesar de pagar durante anos pelos
planos, quando o trabalhador adoece é um incômodo. Quando envelhece, pior
ainda. Agora, as empresas decidiram forçar os idosos a abandonar os planos
de saúde, por meio de aumentos violentos. Para isso, elevaram em até 82%
os contratos feitos antes de 1999; a maioria dos segurados, cerca de 21,5
milhões, é de pessoas idosas. Isso é um verdadeiro arrastão, um assalto
promovido por um bando de mafiosos.

Recentemente, a Folha de S.Paulo publicou que um casal de aposentados
– ele com 73, ela com 66 anos – recebe R$ 1.300. Paga o plano de saúde
Bradesco há 19 anos, e a mensalidade, em maio, já estava em R$ 1.469. Os
filhos complementavam a diferença. O casal recebeu um aviso de que sua
mensalidade passaria para R$ 2.660. Não sabe o que fazer.Esta situação
não sensibiliza os donos dos planos. Para justificar os reajustes, o diretor
da Federação das Seguradoras, Horácio Catapreta, declarou que os
segurados “economizaram muito dinheiro nos últimos anos pelos reajustes
baixos”, reajustes que, na verdade, atingiram 248% nos últimos sete anos,
antes dos atuais 82%.

Luta dos médicos e guerra jurídica Os planos de saúde exploram os médicos
com salários e honorários baixos. Mesmo com os aumentos cobrados, há dez
anos não reajustam os pagamentos aos médicos conveniados, que recebem
até R$ 8 por consulta. Atualmente, há uma mobilização nacional inédita dos
médicos contra esses planos.Há uma crise em todo o setor, uma guerra
jurídica. Pela lei que regulamenta os planos de saúde, de 1998, os usuários
teriam reajustes que poderiam ser “regulados” pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar.

O Supremo Tribunal Federal revogou parte dessa lei, desobrigando os
planos de saúde a aceitar o controle de seus preços, sobre os contratos feitos
antes de 1999. Essa decisão absurda abriu as portas para os reajustes de
até 82%. Mas em vários estados, existem decisões de juízes independentes
que estão anulando os reajustes. O caos jurídico está estabelecido e os
usuários não sabem o que fazer.

O governo Lula, o ministro da Saúde Humberto Costa e a Agência Nacional
de Saúde Suplementar, que deveriam defender os interesses dos segurados,
não intervêm nos planos porque têm o rabo preso com a máfia do setor. Neste
país, quando alguém rouba um prato de comida é preso. Quando um bando de
empresários mafiosos promove um assalto público contra velhos indefesos,
nada acontece.

Os planos de saúde são iguais aquelas pragas que só aparecem quando há
condições favoráveis, como a Dengue.Os governos incapazes, deixaram
aberta uma lacuna no atendimento da saúde, pelos maus serviços e deficiências
crônicas.Daí vieram os espertinhos e começaram a suprir essa falha, devagar e
progressivamente.Hoje é esse quadro vergonhoso que temos aí e parece que
o governo se engajou no sistema , obtendo favores eleitoreiros.Caso
contrário , tomaria providencias rápidas e precisas.

Aproveitando dessa democracia fajuta e dessa constituição maneta, deixa o
povo sem nenhuma representatividade e refém desses bandidos.
Antigamente( embora a deficiência fosse maior) não existia planos de saúde
nem muitas escolas particulares.Esta área foi outra em que o governo deixou
a peteca cair. Governar mal é fácil...governar bem, só é previlégio dos
competentes.
Posted by Picasa

Nenhum comentário: