O grande segredo


























A história poderia começar pela manhã em que Miriam Dutra foi
comunicar sua gravidez ao senador Fernando Henrique no seu
gabinete no subsolo do anexo 1 do Senado Federal. Ela não poderia
imaginar uma reação tão violenta.

Não fosse pela intervenção de Ana Tavares, a gentil e madura Ana
Tavares, que até hoje acompanha FHC, Miriam teria sido agredida
fisicamente. Verbalmente foi. Os gritos ressoavam pelo corredor:
"você quer acabar com minha vida, sua vagabunda!" .

(Eduardo Jorge, aquele que, na função de Secretário-Geral da
Presidência iria dar 240 telefonemas para o juiz Nicolau dos Santos
e sumir - assistiu tudo de longe e impassível).

O nascimento do filho de FHC, Tomás Dutra Schmidt no dia 26 e
setembro de 1991 não seria um fato de interesse público. Mas há
dois momentos cruciais nesta história que são totalmente públicos
e de interesse nacional. O primeiro é o longo namoro do então
constituinte Fernando Henrique Cardoso com a jornalista Mirian
Dutra, repórter da TV Globo em Brasília.

Os dois eram vistos diariamente em público, em festas, jantares e
nos corredores do Congresso Nacional. Dona Ruth Cardoso, a
mulher oficial de Fernando Henrique vivia em São Paulo e ao que
consta nunca foi adepta do chamado "casamento aberto".Candidato
à Presidência da República, Fernando Henrique Cardoso tinha o
dever de informar aos brasileiros que era pai de Tomás.

E, principalmente explicar porque mantinha e mantém este filho
no exílio, como se fosse uma mancha em sua biografia, hoje, por
sinal, um grande borrão condenada ao lixo da História.
http://www.ipetrans.hpg.ig.com.br/O_segredo_FHC-MD.htm


"Por que a imprensa esconde o filho de 8 anos( hoje com 18) de
FHC com a jornalista da Globo"?. A questão levantada pela revista
Caros Amigos (nº 37 - abril/2000) continua sem resposta. Mesmo
depois de uma maratona feita por cinco repórteres da revista junto
aos principais editores de jornais brasileiros, o segredo de Polichinelo
continua guardado pela forte vocação de subserviência da
mídia ao Poder.

Alguns editores reconhecem que não teriam cacife para bancar
a matéria, mas todos tentam menosprezar a informação como
fato jornalístico.É claro que Caros Amigos não conseguiu falar
com ninguém do Planalto. Ninguém próximo de Fernando Henrique
Cardoso quis falar do assunto.

A secretária particular do presidente, Ana Tavares, testemunha
ocular do namoro e íntima da história, encarregada de negociar
o pré e o pós-parto do filho do então senador peemedebista
também se recusou a tocar no assunto.

Mas a questão crucial para Caros Amigos não era provar a existência
de um irmão de Paulo Henrique, nem que ele se chama Tomás e
que sua mãe, a jornalista Miriam Dutra Schmidt, ainda hoje se
mantém em Barcelona com "ajuda extra" de Brasília.

"Um fato jornalístico", é isso que a revista joga na cara dos senhores
feudais da mídia nacional. Porque esses editores nunca foram tomados
de pudores morais ao explorar a história dos filhos que Collor, Lula,
Pelé e tantas outras figuras públicas tiveram fora dos seus
casamentos oficiais.


A cortina de silêncio.
De todos os editores entrevistados por Caros Amigos nenhum escapa
de uma explícita confissão: sabia do fato, tinha o material pronto,
mas não publicou. Autocensura, medo, falsos escrúpulos, seja lá o
que for, a autodenominada "grande imprensa" sonegou dos brasileiros
um fato revelador do caráter do seu Presidente da Republica.


Quanto não teria custado aos cofres públicos este silêncio? Ainda
ministro da Fazenda, Fernando Henrique teve a suprema
generosidade com todos os meios de comunicação e através de
portaria isentou tevês, rádios, jornais e revistas e "toda a sua cadeia
produtiva" de isenção de CPMF.

Quem não se lembra do Proer da mídia, armado pelo BNDES que
na gestão de Mendonça de Barros assumiu as dívidas em dólares
das grandes empresas de comunicação? De onde partiu a idéia de
jogar cada um dos jornalões ou televisões nos consórcios de
priva-doações do Sistema Telebrás?


Hoje, vivendo em um bairro de classe média alta em Barcelona,
como verificou o repórter João Rocha para Caros Amigos, Miriam
não quer ser a única protagonista de uma história que não é apenas
dela. Mas mantém sua capacidade de avaliação do que é "um fato
jornalístico" tão veemente negado pelos sátrapas da mídia nacional.

Pelo telefone, ela diz: "Olha, João eu não vou falar nada sobre essa
história. Eu não sou uma pessoa pública. Se vocês têm algo para
perguntar, não é para mim. Perguntem para a pessoa pública".
(E. Schwinden)

Uma coisa o Lula não aprendeu com FHC. Controlar a midia tão
bem como ele controlou. Ou seria ,ser controlado?Parece que a
história está mais para :Me quebre o galho , que eu quebro o teu.

Posted by Picasa

Nenhum comentário: