Tempos modernos


















TEMPOS MODERNOS
Que a modernidade chegou, disso ninguem duvida.Mas certas coisas embora
facilitem de um lado, complica de outro.Desde os tempos em que os bancos
pagavam juros pelos nossos depósitos em conta corrente, as coisas mudaram
em muito ate´os dias de hoje.

Naquela época, quando o atual governo não era governo , estava em outra e
via os bancos como uma fonte de renda extra para financiar (mesmo
contrariando a vontade dos banqueiros) a guerrilha e os sequestros de
americanos de destaque.

Depois que os ditadores daquela época resolveram fazer a tal reforma bancária,
do resultado da reunião banqueiros/governo ficou o que temos hoje aí.
Parece que houve dentro de quatro paredes, os primeiros acordos ( na ditadura)
em que o cidadão começou a sair perdendo e continua assim até hoje.

Veio a informática e revolucionou tudo.Hoje temos o bank on line e as famosas
máquinas onde se pode fazer quase tudo, menos tirar além de mil reais por
dia.Os bancos se modernizaram e os bandidos também.No Nordeste outro
dia fizeram um roubo se guiando por gps (Não é a " Guia da Previdencia Social")
para abrir um tunel até a caixa forte de uma emprêsa.

É uma corrida sem limites, uns em busca de mais segurança e outros
(os bandidos) usando mais e mais a tecnologia que antes só viamos nos
filmes.Passei outro dia em frente a um banco e invariavelmente como os
outros, estava com uma enorme fila a frente.Mas o acúmulo de pessoas não
quer dizer que são clientes em excesso.

São pessoas que esperam a moça para ajudá-los a lidar com a terrivel
máquina.Para muita gente, principalmente as idosas, enfrentar uma
máquina de banco é algo impossível sem a a juda da funcionária.No quesito
segurança, os bancos tem investido pesado e diversificado.Além dos guardas,
tem as portas que apitam e travam quando o cliente passa por ela com o
celular ou um môlho de chaves.

Eles tem medo que alguém passe armado e roube os caixas pelo lado de
dentro.Mas óbviamente isso é também um pouco de fobia, ja que temos
a segurança total da lei do desarmamento.Infelizmente os banqueiros
parecem que não levam ela muito a sério.

Só o governo, ciente da perfeição em forma de lei, acredita nela e a
propagandeia pelos quatro cantos da terra, como se fosse a mais valiosa
jóia do mandato.Ao lado da porta de vidro da entrada, tem uma caixinha
também de vidro, onde o pessoal coloca seus objetos metálicos, celulares,
canivetes e revólveres ( Menos os de brinquedo).

É dificil para um velho vê-la com a visão deficiente .Mas ela está lá.Muitas
vezes as pessoas pegam objetos trocados. Ja aconteceu de uma pegar o
celular de outra e vice-versa. Eram muito parecidos, talvez o mesmo
modêlo. A que descobriu primeiro a troca, ligou em seu número e
despachou:---Alô? Êsse celular que voce tem aí é meu,viu?---A outra
atemorizada pelas noticias de ligações que vinham de presidios e de
supostos sequestros de familiares, desligou rapidamente.

Uma moça que viu o desfecho do telefonema se prestou a auxiliar a
incompetente.Pegou o celular, e ligou.:---Alô ?Aqui quem fala e a gerente
do banco em que você tem conta.Houve um engano quando você passou
pela porta de entrada e pegou o celular de outra pessoa, e
consequentemente ela pegou o seu.---Do lado de lá das ondas
eletromagnéticas,a outra percebeu o problema. Daí foi só marcarem um
encontro para desfazer a troca.Coisas que não aconteciam , trinta anos atras
.

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