Me iluda que eu gosto





























Esta é a obra de Pedro Américo.
A de cima é a do francês Meissonier.
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Certa vez, quando minha filha estudava na Unesp, próximo ao
Ipiranga, fomos levar algums utensílios e aproveitamos para
fazer uma visita ao museu. Já o tinha visitado anos antes, mas
deixei passar muitos detalhes com os olhos da juventude.

Desta vez, não deixei de me impressionar com o quadro da
independência no saguão principal.Enorme,ostentoso, tomando
toda a cena do ambiente.Tempos depois, ja na era dos pcs
descobri que o quadro fora feito apoiado em uma quase cópia de
outro um pouco mais antigo, chamado de "A batalha de Solferino"
pintado pelo françês Ernest Meissonier, onde supostamente
aparece Napoleão.

Pelo que sei, Napoleão sempre montava um belo cavalo branco.
Muitos historiadores justificam tal procedimento como se fosse
um costume da época, onde os artistas se inspiravam em trabalhos
de outros colegas. Era costume tambem fazer as coisas com a
maior grandiosidade possível. Daí vermos cavalos bem tratados
e inquietos, como se participassem do evento conscientemente.

Enfim,era um viver onde se procurava inserir uma fantasia de
grandiosidade. Dizem alguns estudiosos que D. Pedro montava
uma mula, e que sua guarda não estava unformizada nos
conformes, no lugar e na hora.

Cá entre nós, que não gostamos de comer liguiça por salsicha,
pensamos que o pintor certamente de estudio, mediante tal
encomenda (do próprio imperador), poderia dar uma saidinha e
fazer um levantamento do lugar para perpetualizar em sua obra
algo mais perto da realidade.

Por outro lado eu acho que desde aqueles tempos, o povo ja
tinha o péssimo hábito de engolir o que era oferecido pela elite
dominadora.Hoje continuamos assim, ignorantes, meio burros,
a ponto de eleger gente desonesta como governador do distrito
federal, mesmo sabendo que o sujeito ja demonstrou ser da
maracutaia, no caso da violação do painel.

Mas se o eleitor é meio burro, mais ainda é o departamento
eleitoreiro, chamado TRE, em permitir a candidatura de tal
elemento.E assim vamos de falsidades e mitos tocando o barco
rumo ao futuro apregoado. Só que agora vemos melhor as
diferenças e estudamos as opções.Só é enrolado quem quer.

Podem comparar as obras e terem suas opiniões.Uma coisa
estranha é: No quadro francês embora a cena seja de uma
batalha com canhões disparando, os cavalos permanecem
calmos e submissos.Ja no quadro do Pedro Américo , parece
que uma batalha está se deflagrando, sem inimigos a vista.

Ainda bem que hoje temos a fotografia.Defendendo o lado dos
pintores, temos que ver coisas tal como seu ganha-pão.È óbvio
que quanto mais o quadro sair do gosto do freguês, melhor para
ele.Considerando que nesta terra hoje em dia, não se dá muito
valor para a arte, imaginem então naqueles tempos.
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