Mercúrio em área pública contamina crianças no interior
Folha de São Paulo
DE SÃO PAULO
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Quando Solange Antunes, 30, entrou em sua casa, viu os móveis e o chão cobertos por bolinhas de um líquido prateado que seus filhos de oito e dez anos haviam achado num terreno municipal e derramaram ao brincar.
Poucos dias depois, no final de junho, eles e os outros quatro irmãos começaram a ter febre, diarreia, vômito e irritações na pele -- estavam contaminados por mercúrio.
A informação é da reportagem de Cristina Moreno de Castro, publicada
nesta sexta-feira pela Folha . As crianças levaram as bolinhas para a escola
e ajudaram inadvertidamente a espalhar uma contaminação que expôs mais
de cem pessoas no distrito Primavera, em Rosana (748 km de SP).
Duas filhas de Solange correm risco de ter danos neurológicos irreversíveis.
O mercúrio é tóxico, causa danos ao sistema nervoso e pode ser fatal, se
inalado em grande quantidade.
O terreno onde as crianças acharam cerca de 20 frascos -- ou 1,5 kg -- de
mercúrio metálico numa sacola de lixo era usado como depósito de entulho
pela prefeitura. A área foi interditada pela Cetesb (agência ambiental de SP).
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