Malásia quer usar mosquitos criados em laboratório para combater a dengue
DA ASSOCIATED PRESS
A Malásia pode se tornar o primeiro país da Ásia a usar mosquitos geneticamente modificados no combate à dengue, comentaram fontes do governo. O programa prevê a liberação de machos da espécie para que se acasalem e produzam descendentes com tempo de vida menor--o que reduziria a população do inseto transmissor da doença.
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O governo malasiano pretende liberar entre 2.000 a 3.000 mosquitos geneticamente modificados em duas áreas, explicou um funcionário do Ministério da Saúde do país, Lim Chua Leng.
Gustavo Amador/Efe |
Na Malásia, somente neste ano, 177 pessoas morreram devido ao Aedes aegypti, que transmite a dengue. |
Os testes preliminares realizados em laboratório deixaram os cientistas malasianos bem otimistas. "É um projeto piloto, e espero que funcione", disse o primeiro-ministro Najib Razak a jornalistas durante uma conferência da organização mundial da saúde (World Health Organization, ou WHO).
Diretor regional da WHO para a região do Pacífico, Shin Young-soo disse que a iniciativa é bem-vinda como ação de combate à dengue, mas também lembrou que é preciso ter precaução ao se introduzir novas espécies no ambiente.
A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é muito comum em países da América Latina e da Ásia.
Os sintomas incluem febre alta, dor nas juntas e náusea, mas em vários casos pode levar à hemorragia interna, inchaço do fígado, problemas circulatórios e até à morte. Não existe cura ou vacina para a enfermidade.
Segundo o primeiro-ministro, o país precisa de "maneiras inovadoras" no combate à dengue, já que os métodos tradicionais continuam sendo ações contra focos de transmissão, como a água parada.
As mortes na Malásia causadas pela dengue totalizaram 177 casos no período entre janeiro e outubro --um aumento de 65%. Já as infecções fecharam em 37.000 ocorrências, ou uma elevação de 17%.
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