Amor cego.
























Tenho um amigo que é fissurado na Espanha.Música , filmes e tudo que é
relacionado aquele país eurolatino. Um dia me disse que se escolhesse
onde fosse nascer , escolheria a Espanha como terra natal.Tentei amenizar
seu entusiasmo falando que embora a Espanha seja um lugar de cultura e
historia, tem também seus problemas.

O maior deles são os Espanhóis grosseiros. Logicamente que nem todos .
Conheci vários, como por exemplo o seu Valentin, que era gente finíssima.
Enquanto os italianos são alegres e falantes, os espanhóis são o contrário.
Alguns não gostam de brincadeiras e até ameaçam com revolver se ela
continuar.Isso aconteceu comigo. Quando falam em Espanha, prefiro
lembrar de Penélope Cruz, dos filmes de Almadovar e da música contagiante.

Esqueço os elementos grotescos. Parentes ja foram lá , me disseram que
em contraste com a beleza e a arte está a grosseria ,em alguns lugares.
Daí procurando pelo assunto, achei isto na net. Pretendo mostrar ao meu
amigo e quem sabe dissuadí-lo um pouco de sua paixão.

DE ESPANHA, NEM BOM VENTO, NEM BOA EDUCAÇÃO.

Os espanhóis devem ser os mais mal-educados do mundo. Mais
mal-educados do que os gregos, que apesar de tudo são uns
mal-educados que se compreende, porque ser grego já é mal que
chegue e viver na Grécia deve dar uma azia terrível.

Os espanhóis conseguem, abusivamente, ser mais mal-educados do que os
portugueses. Algo que não deixa de ser notável, tendo em conta que a
má-educação está no código genético dos portugueses, mais ou menos na
mesma zona em que se encontram os genes que identificam desde logo um
verdadeiro português, como o bigode, a incapacidade para conduzir, a
faculdade de arrotar altíssimo, o galo de Barcelos e o espertismo. Se bem
que, diz-se, o galo de Barcelos é capaz de não ser genético, mas ainda
ninguém provou o contrário.

Os espanhóis não têm nada disto no sangue, são mal-educados por convicção.
Não espanta, porque os espanhóis, na verdade, não têm identidade nenhuma.
Vivem num país estraçalhado por um provincianismo gigantesco - os catalães
gostavam de ser independentes, os bascos gostavam de ser franceses, os
andaluzes gostavam de ser africanos, os castelhanos e navarrenses não têm
vontade própria e os galegos, no fundo, são portugueses, só que ainda não
descobriram - falam várias línguas diferentes dentro do mesmo país,
julgam-se uma espécie de Estados Unidos da Europa e ainda se dão ao luxo
de ter umas ilhas plantadas no meio do Mediterrâneo e no Atlântico, ilhas
essas que só são espanholas para receber os subsídios do governo central.

E nem nisso são originais, porque o Beto João já se lembrou disso há muito mais
tempo na sua quinta madeirense.Os espanhóis são tão mal-educados que até
roubam terras aos outros só para mostrar a sua falta de educação. Ficaram com
Ceuta para mostrar aos africanos que, no fundo, África é espanhola, e ficaram
com Olivença para mostrar aos portugueses que, no fundo, são os espanhóis que
mandam... em Olivença. São deselegantes e demodées. Já não se usa ter um rei.

Só se for um «Rei dos Frangos da Guia», como há no Algarve, ou um «Rei dos
eletrodomésticos», como o de Gondomar. Isso sim é que são reis! Agora um rei
do tipo «a família real»? Ridículo... É que, ainda por cima, não só não é original,
como já nem entretem: o rei de Espanha não diz barbaridades em público, não
é gordo, não tem aspecto de desenho animado, a família dele é extremamente
aborrecida e previsível. Uma das filhas casou com um jogador de handbol que
era da Catalunia, mas tinha nome húngaro.

O filho mais velho andou uma data de anos como solteirão, imitando
aquele rapaz dos óculos de Mónaco, mas nem sequer se deixava apanhar numa
aventurazinha com uma stripper ou com uma top model ou com uma
cabeleireira do Cacém, nada. Enfadonho. Depois casou com uma espanhola
totalmente desinteressante e praticamente sem defeitos. E já têm duas filhas.
Absolutamente aborrecido.

Não consta que ninguém da família real encha a cara com exagero nas festas
sociais, como faz (e muito bem) aquele Ernesto de Hannover que traçou a
Carolina do Mónaco, o tal que faz xixi no mar Mediterrâneo... da proa do barco.
Não consta que nenhuma das filhas do rei tenha decidido ir viver para uma
turnê com um artista de circo, nem que tenha decidido pôr uma filha bebé a
fazer números arriscados com elefantes. Não consta que nenhuma filha do
rei de Espanha tenha decidido gravar um disco, como fez Estefânia.

E isto, meus amigos, é extremamente brega. Não tem tempero.
Mas os espanhóis gostam de dizer que têm muito tempero. Chamam-lhe
«salero». Mas não têm nenhum. A única espanhola que tem sal, e por vezes
chega ao patamar «muito sal», é a paella. Essa sim, é uma espanhola e tanto.
e resto, os espanhóis são sem sal, sem açucar e, não sei se já tinha dito, são
mal-educados.

Sentei-me à mesa e, à direita, tinha um espanhol. Pequenino, com uma barba
farta, óculos grossíssimos, só não era um dos sete anões porque, segundo
confirmei, nenhum dos sete anões sabe falar espanhol. Estão pensando em
contratar um oitavo que saiba, para fazerem uma excursão pelo Mercosul, mas
para já mantém-se os sete. Perante o clima de ter que «trocar impressões»
com o mini-espanhol barbudo, que desde o instante em que me sentei até ao
momento em que toquei pela primeira vez no guardanapo, disse joder! sete
vezes, preferi falar com o companheiro português que estava à minha esquerda,
que ainda por cima é bom rapaz e do Benfica.

Mas o sacana do espanhol mal-educado não demorou até interromper e meter
a conversa, ainda por cima agarrando-me com violência no braço, como se me
conhecesse há anos. Aliás, nem quem me conhece há anos me agarra assim no
braço, porque só me dou com gente educada. Agarrou, falou para a mesa toda
debruçado em cima de mim, gritou, comeu com as mãos, disse joder! e óstia!
mais 44 vezes, comeu o meu pão e cuspiu-me. Até me deu uma palmada no
ombro (coisa que até agora está traumatizado a ponto de pensar me aposentar
por invalidez...).

Depois apareceu um rapaz inglês, muito simpático, que esteve
por ali uns minutos a conversar, na maior das calmas. O mini-espanhol, calado
que nem uma cotovia afónica. Quando o rapaz inglês se foi embora, o gnomo
castelhano perguntou: «o que foi que ele disse?». É que os espanhóis só sabem
falar espanhol e, mesmo assim, com alguma dificuldade.
Depois apareceu o Fernando Alonso. Os espanhóis, numa ridícula demonstração
de subserviência, abraçaram-no, bateram palmas, ajoelharam-se aos pés dele.

Não deixaram ninguém falar com ele. E quando ele foi embora, o
espanhol-miniatura perguntou: «querem que vos diga o que ele disse?». Não
obrigado, solomillo barbudo. Nós, pelo menos, esforçamo-nos para perceber o
que os outros dizem. Mesmo sendo em espanhol.
Por fim, levantou-se da mesa e disse «esperem aqui um instante, que eu vou
trazer o Fernando Alonso aqui para tirar umas fotos com ele na nossa mesa».
Escusado será dizer que nunca mais apareceu. Ou se calhar apareceu, mas
não estava lá nenhum português à espera dele.

O pior da Espanha são os espanhóis. Podiam ser gente fina, convencem-se
que, de fato, são gente fina, mas não são. E é uma pena, de verdade,porque
se pudesse, era em Espanha que eu vivia. E aqui mesmo, nesta cidade.
Valência, Espanha, 16/01/2007Posted by Edmund
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