AS DUAS MAIORES ATUAIS FALHAS NO
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO QUE,
PASME VOCÊ, O CONTRAN E O GOVERNO
NÃO VÃO CORRIGIR.
Há quem diga que o bom motorista é bastante prejudicado com as inúmeras
regras e leis impostas pelo Sistema Nacional de Trânsito. Com alguns meses
no volante, se você for um motorista defensivo, vai notar inúmeros
problemas que os outros cometem. Basta sair e dirigir alguns dias numa
típica cidade com 70 mil habitantes, no Brasil, em qualquer lugar do
território nacional. O carro, numa visão humanista, se tornou seu maior
bem afetivo e material da população brasileira: todos querem ter, e sem
ele ninguém faz nada (Depois disso, vem a moto, claro.)
Imaginem agora uma imensa frota de veículos, com pessoas emocionalmente
e tecnicamente despreocupadas diante de um veículo automotor. Reflexo disso
é o nosso trânsito, já violento, abarrotado de motoristas intolerantes e
desconhecedores da lei, fomentando um sistema de arrecadação de multas
e impostos, uma verdadeira anarquia, um ciclo sem fim.
O assunto sobre a questão do trânsito é muito longo e passível de uma séria
discussão nacional, em que a democracia água-com-açúcar jamais vai
resolver. É preciso ser duríssimo com quem bebeu e dirigiu, e ser mais
maleável com quem tem uma direção defensiva louvável. O sistema não
consegue enxergar a diferença entre um e outro.
FALHA 1: Multou. Pagou. Dirigiu. Cassou. Reciclou. Dirigiu.
“Se beber, não dirija!” - Tá certo. Você já viu essa mensagem com fundo
azul logo após uma propaganda de cerveja na televisão. A questão principal
neste país é... Será que a maioria seguem essas recomendações “educacionais”
e “morais” veiculadas pelo governo federal no Rádio e na TV? Obviamente
que não. Nos dados estatísticos das polícias rodoviárias estaduais e federais,
quase a esmagadora maioria de acidentes com mortes envolvem ingestão de
álcool. Continuam acontecendo. Mortos e mais mortos, empilhados nos
postos de resgate das estradas. Afinal de contas, por que tanta gente ainda
bebe e dirige?
Soltando uma telinha azul depois do comercial da pinguinha abençoada
o governo pensa que já fez a sua parte alertando os cidadãos. Um ministro
achou por bem regulamentar uma lei nova, denominada de “Lei Seca” a qual
endurece a penalidade contra os bebuns no volante. Agora a outra
pergunta? Funcionou? Claro que não... E sabem porque? Porque o interesse
dos órgãos é ARRECADAÇÃO. Se o interesse do órgão de trânsito fosse
EDUCAR e PUNIR os motoristas infratores, haveria somente uma única
penalidade: A cassação da carteira nacional de habilitação e a
proibição do direito de dirigir, sob pena de prisão.
Se uma pessoa ingere 3 latas de cerveja e sai conduzindo um veículo automotor
, conscientemente já assumiu um compromisso de PERDER A CARTEIRA
por pelo menos 5 anos. O fato é que, APÓS o acidente acontecer, com todos
os fatos culposos e agravantes imputados ao mesmo cidadão que ingeriu 3 latas
de cerveja, ainda são estendidos “milhares” de benefícios ao autor do chamado
“crime de trânsito”. Será que é realmente do interesse do governo e das
autoridades de trânsito, engessar e isolar um condutor infrator com acidente
envolvendo lesões corporais ou homicídio por 5 ou 10 anos, sem a
possibilidade de dirigir veiculo automotor?
A população ainda não entendeu que o sistema de multas é na verdade, um
sistema principalmente de arrecadação, e não de educação. Multa é algo que
só disciplina o pobre, ou seja, aquele cidadão trabalhador que vive com as
contas no vermelho. Multa nunca funciona com quem tem dinheiro. Pois
pagando-se a multa e os processos administrativos o indivíduo tem de volta
seu direito de dirigir, tem de volta sua carteira e está de novo nas vias públicas,
pronto a cometer mais infrações. Afinal de contas, ele pagou. Dificilmente um
sistema com punição pecuniária disciplina quem pode pagar pelas infrações.
O foco do governo é exatamente isto e não tirar a carteira de todo mundo, o
que seria o CORRETÍSSIMO. Já pensou o quanto de dinheiro não deixaria
de arrecadar? Pra mim este seria o maior pesadelo do CONTRAN e seus órgãos
subordinados.
FALHA 2: O crime compensa, principalmente se for de moto!
Que o trânsito mata com todos os tipos de acidente e situações, todo mundo
sabe. Em minha experiência como motorista eu já vi de tudo. Nas rodovias,
são caminhões esfomeados que encostam na sua traseira e começam a
ascender luz alta pedindo para que você saia para o acostamento, dando
passagem. Na cidade, são motoqueiros violentos, loucos, agressivos que
desviam de lombadas pelo meio-fio, andam por calçadas e pelas vias como
se estivessem numa verdadeira corrida de Formula 1;
Ultrapassagens nas rodovias das mais variadas formas, e qualquer um que
pegar uma estrada exatamente HOJE, vai poder registrar todo o tipo de
infração nas estradas brasileiras. Só isto confirma que o nosso sistema de
multas é para arrecadar e não educar. Porque quem já pagou, está de volta
para cometer as mesmas infrações. Já imaginou ficar 5 anos sem poder sequer
pegar em um volante?Isto sim que é disciplina, educação. Multa? Multa é fácil.
É só pagar.
Só que agora, estamos passando para um novo nível de homicídios no trânsito.
Uma nova categoria de crime está sendo praticada há tempos, levando
vantagem total das fracas e ingênuas leis federais: Os motokillers. Você já ouviu
a mesma história várias vezes: Dois indivíduos chegam montados numa
motocicleta, o de trás saca uma arma de fogo e dispara 10 tiros contra a vítima
na calçada. Em cima da motocicleta ainda com o motor ligado, se evadem
tranqüilamente, com a devida proteção de suas identidades, acobertadas
pelo capacete com visor refletivo ou visor negro, e além disso, uma
placa de metal barato dobrada pra cima, impossibilitando qualquer câmera
de segurança efetuar a identificação da moto.
Em São Paulo, nestes dias atrás,você deve ter ficado sabendo de uma psicóloga
que morreu desta maneira: a policia não tem sequer um rastro dos criminosos.
O governo não pensa em segurança. Não é prioridade. Mortos e mais mortos.
Porquê? Eu digo que uma pessoa o quanto mais distraída para as coisas, mais
probabilidade de ela morrer. Com certeza o governo não quer cuidar dos distraídos
mas sim nunca reformar o Código Processual Penal para que este jamais
aniquile e dizime todos os bandidos desta nação.
E o que o CONTRAN está fazendo? Com tantas pessoas educadas e
maravilhosamente instruídas para resolver os problemas de tráfego no país
(como é que é mesmo o nome, Engenharia de Tráfego... hmm que nome bonito).
NINGUÉM sequer aplica novas idéias nos nossos ilustres motociclistas
brasileiros, motokillers.
Defendo aqui três propostas para a legislação, com relação às motocicletas
e motociclistas:
1 - Placas menores, laterais, lacradas e indobráveis nas laterais da
motocicleta. Deveriam ser colocadas placas de identificação nas duas laterais
da motocicleta, visto que em muitos casos, é impossível identificar uma
motocicleta, a não ser que você esteja voltado diretamente olhando para sua
traseira. Estas placas deveriam ser fixadas por 4 pontos em suas bordas,
impossibilitando a dobra e rompimento do lacre.
2 - Placas amarelas para motocicletas, motonetas e ciclomotores. Placas
de motocicletas, motonetas e afins deveriam passar a ter a cor amarela e
refletiva, ao invés de cinza. Assim a identificação à distância ficaria muito mais
fácil de efetuar. Eu disse amarelo mesmo, e não laranja (como eram nos carros
antigamente).
3 – Proibição de capacetes com viseiras refletivas, negras, ou com
película. Desenvolvimento de um novo capacete com 100 % de
transparência na parte frontal e 70% de visão acessível no capacete
inteiro, assim identificando melhor o condutor. Vocês precisam
concordar comigo que, um capacete totalmente escuro e uma placa dobrada
é tudo o que um criminoso quer, para cometer um crime a la “motoboy”.
E a legislação não faz absolutamente nada. Aqui na cidade a única
preocupação é aumentar o tamanho das saliências ou lombadas, já
declaradas totalmente “irregulares” pelo próprio Código Nacional de Trânsito
desde seu vigor (1997).
O Sistema Nacional de Trânsito realmente é um complexo corrupto com
entranhas e tentáculos por todo o país. Um “amarelinho” na rua, não tem
autoridade nenhuma para repreender um infrator. “È coisa da polícia...
tem que fazer um B.O. ... não é com a gente” - disse um deles, quando
eu perguntei o que eu faria com um vizinho que transita com a motocicleta
pela calçada de minha casa. Quer dizer... nem os próprios amarelinhos gostam
de envolver-se nesses conflitos. Eles estão na rua justamente para ajudar na
arrecadação municipal do órgão com a circunscrição das vias, e não para
atender a reclamação de outros cidadãos. O dinheiro manda.
Até lá, muitos caminhões e carretas ainda passarão por cima de muita gente.
Muitos motociclistas irão cometer mais assassinatos e se evadir rapidamente
sem serem identificados. Muitos filhos-de-papai vão aproveitar das brechas
da justiça para transitar com veículos de terceiros livremente pela cidade.
Até lá, eu e você pagaremos um absurdo IPVA (na casa dos 800 reais/ano),
licenciamento, seguro obrigatório, taxa de transferência de veículo,
altíssimos pedágios (20 reais em alguns pontos, só ida!) – e isso tudo com a
maravilhosa coação da polícia, se necessário, você penhora o que
você tiver numa praça de pedágio, e ninguém quer saber se você é um cidadão
que paga um MAR DE IMPOSTOS.
Brasil, um país perfeito para os bandidos.
Dj. Barros
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