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Òleo de soja com transgênico..note o símbolo









 
Está quase impossível encontrar nas prateleiras dos supermercados óleo de soja livre de transgênicos. Fique sempre de olho no triângulo amarelo.Ele indica que o produto contem transgênicos.Se tiver não compre.Muitos países da Europa proíbem a comercialização de transgênicos. Aqui, como temos um governo omisso  que não defende a saúde publica como deveria, os produtos que contém transgênicos são comercializados livremente. A única obrigatoriedade é rotular com êsse pequeno símbolo, o produto.Para muita gente passa despercebido.
 

   A luta do Greenpeace                                                      

Protesto do Greenpeace   
2010
Em defesa do consumidor, que tem o direito de conhecer aquilo que compra e come, o Greenpeace travou e venceu uma batalha com gigantes.


Atividade realizada em 2003 pelo Greenpeace na qual recolheu das prateleiras de um supermercado produtos da lista vermelha do “Guia do Consumidor – lista de produtos com ou sem transgênicos”. ©Greenpeace/Gilberto Marques

O Greenpeace passou três anos em meio a investigações e protestos, lidando com empresas poderosas do setor alimentício Bunge e Cargill, além de redes de supermercados. Não foi fácil, mas faríamos tudo de novo: no final, o brasileiro ganhou mais honestidade e transparência no carrinho de compras.

A história começa em 2003. Naquele ano, o governo Lula aprovou a Lei de Rotulagem, que determinava que alimentos que contivessem a partir de 1% de transgênicos entre seus ingredientes seriam obrigados a apresentar claramente essa informação na embalagem. Só que a lei era letra morta: nenhuma empresa queria assumir publicamente que usava matéria-prima transgênica em seus produtos. Era como se, de repente, todos os alimentos fossem seguros.

Esse "milagre" dos alimentos pseudolivres de transgênicos não passou despercebido pelo Greenpeace. Desconfiávamos que, atrás de embalagens bonitas e coloridas, havia organismos geneticamente modificados. O mínimo que deveria ser feito era sua correta identificação, para que o consumidor pudesse escolher o que comia.

Em julho de 2005, uma investigação minuciosa comprovou a desconfiança. Os óleos mais consumidos do país, Soya, da Bunge, e Liza, da Cargill, continham soja transgênica em sua composição. Para chegar a essa conclusão, foram mapeados os tipos de sementes usados para o processamento da soja e fabricação do óleo. Na porta das fábricas, uma equipe interceptava os caminhões que chegavam com a semente e, ali mesmo, em uma mesa de testes, checavam os grãos.

Os testes foram realizados em fábricas em Ourinhos (SP), Dourados (MS), Campo Grande (MS) e Três Lagoas (MS). Foi comprovado o uso de transgênicos em todas, menos em Campo Grande. O motivo?  De lá eram exportados os produtos para a Europa, onde não é aceito óleo com traços de transgenia – uma vez que o consumidor europeu é muito exigente, o produto geneticamente modificado era jogado na mesa do brasileiro.

Todo o processo foi filmado e as provas, entregues ao Ministério Público Federal em outubro de 2005.  Um protesto com 20 ativistas representando consumidores brasileiros, que empurravam carrinhos de supermercado cheios de latas de óleos Soya e Liza pela rampa do Congresso Nacional, marcou a entrega oficial de dossiês com evidências da denúncia para o governo. Os deputados federais Fernando Gabeira (PV-RJ) e João Alfredo (PSOL-CE), então integrantes da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, reivindicaram o cumprimento do decreto da rotulagem.
Passo de tartaruga

O desrespeito com o consumidor brasileiro era tamanho que, dois anos depois da denúncia, e apesar da abertura de inquérito do Ministério Público Federal resultar em mais um decreto de obrigatoriedade da rotulagem, as prateleiras ainda traziam óleos Soya e Liza sem a informação correta na embalagem. Mais uma vez, o Greenpeace entrou em ação.

A campanha pela rotulagem saiu das fábricas e ganhou os supermercados, em protestos realizados na Semana do Consumidor, em março de 2008. Munidos de adesivos com o símbolo de transgênicos, um "T" amarelo, ativistas rotularam nas prateleiras os óleos comprovadamente transgênicos.

Foi um barulho só e uma briga daquelas, mas que surtiu efeito. No início de 2008, Bunge e Cargill finalmente passaram a seguir a lei, e os primeiros óleos rotulados começaram a chegar aos supermercados brasileiros. O consumidor finalmente teve seu direito respeitado.


Empresa do Paraná vai quintuplicar produção de óleo de soja não-transgênica
Por Editor em 30/08/2008

Empresa do Paraná vai quintuplicar produção de óleo de soja não-transgênica: De acordo com o diretor de operações da Imcopa, Enrique Marti Traver, a expansão tem o intuito de explorar uma oportunidade no mercado nacional
Créditos: DivulgaçãoA empresa paranaense Imcopa, maior indústria e exportadora de produtos derivados de soja não-transgênica do mundo, com sede em Araucária, vai aumentar a sua participação no mercado interno com um produto que, até agora, era quase todo destinado ao exterior. O óleo de soja não-transgênica da marca Leve, fabricado há 35 anos, terá refino e comercialização expandidos.

Para aproveitar um nicho de mercado ainda pouco explorado, a indústria pretende conquistar o público brasileiro preocupado em não consumir produtos transgênicos. Ao mercado interno, que antes ficava com 10%, será destinado agora 51% da sua produção. As 4,5 mil toneladas de óleo de soja ofertadas ao mercado brasileiro atualmente serão multiplicadas por cinco, chegando a 22,9 mil até abril de 2009. Com uma produção total de 45 mil toneladas de óleo de soja (bruto e refinado) ao mês, a Imcopa pretende refinar tudo o que é produzido.

Entre as mudanças estratégicas realizadas pela empresa está também o lançamento do óleo Leve em nova embalagem PET (garrafa em polietileno tereftalato). A distribuição deste óleo, que acontece só em Curitiba e Região Metropolitana, será expandida para os estados das regiões Sul e Sudeste. O aumento da capacidade de refino e envase será feito na unidade da empresa em Cambé, no Norte do Paraná.

De acordo com o diretor de operações da Imcopa, Enrique Marti Traver, a expansão tem o intuito de explorar uma oportunidade no mercado nacional. "Nosso produto já tem uma grande penetração no mercado internacional, que exige as certificações de não-transgenia e sustentabilidade, mas queremos que o consumidor brasileiro possa também consumir um produto dessa natureza", explica.


Empresa do Paraná vai quintuplicar produção de óleo de soja não-transgênica: O óleo de soja não-transgênica da marca Leve
Óleo sem transgênico

Créditos: Divulgação"A demanda por produtos garantidos quanto à sua rastreabilidade vem crescendo bastante em todo o mundo", afirma o diretor. Há mais de oito anos a Imcopa rotula o óleo soja da marca Leve com a informação "alimento não-transgênico".
 
A empresa foi a primeira fabricante brasileira de óleo de soja não-transgênico certificado a informar ao consumidor a origem de sua matéria-prima. No rótulo, o Leve mostra dois certificados da Cert-ID, empresa norte-americana de certificação. O selo Non-GMO atesta o rastreamento do processo industrial, desde a produção da semente até o produto final.

A Cert-ID também emite o ProTerra para o produto, selo que assegura que a indústria adquire soja de áreas plantadas que não sofreram qualquer tipo de desmatamento desde 1994; são submetidas a um rigoroso controle no uso de agroquímicos e onde não se utiliza mão-de-obra infantil ou escrava. No total, a certificação tem uma centena de pré-requisitos e é reconhecida pela World Wide Fund for Nature (WWF).

Os maiores concorrentes da Imcopa no mercado nacional de óleo de soja apresentam nas embalagens a marca do "T", que identifica produtos que podem conter ingredientes transgênicos. Esses produtos constam em uma lista no website da organização ambientalista Greenpeace, para alertar os consumidores.

Exportado para a Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Europa, Coréia, China e Japão, o óleo de soja da marca Leve é o mesmo que pode ser comprado no Brasil, embalado em latas ou nas garrafas PET. "Não deixaremos de produzir o óleo enlatado porque ainda há consumidores que preferem esse tipo de embalagem", revela Traver. "Mas o consumidor de hoje é mais criterioso e quer visualizar o aspecto do produto, por isso investimos nas embalagens transparentes".

O fato de as embalagens plásticas não serem biodegradáveis, como as latas, não preocupa tanto a direção da empresa, depois da aprovação de uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) segundo a qual as garrafas PET recicladas poderão ser reutilizadas para embalar produtos alimentícios. Outro motivo relevante para a mudança é o custo da embalagem plástica: 10% mais barato do que a lata. As garrafas PET são 100% recicláveis.

REVISTA EXAME: EMPRESA QUE MAIS CRESCE EM VENDA

A Imcopa é uma empresa familiar que atua no mercado há 39 anos. É a maior empresa brasileira de esmagamento de soja do país, com dois milhões de toneladas processadas por ano. Seu principal produto é o farelo de soja com proteína concentrada (70%). Também industrializa óleos e lecitinas para a indústria alimentícia.

Com sede em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, duas unidades em Cambé e outra em Guarapuava, a indústria processa 7 mil toneladas de soja por dia. Segundo a Revista Exame (edição especial Melhores & Maiores de 2008), é a empresa que mais cresce em vendas no Brasil, a uma taxa de 33,4%, em 2007. Também é a segunda do país em rentabilidade, com 34,3%.

No ano passado, a Imcopa também ficou em 4º lugar no desempenho geral (segundo critérios de desempenho operacional e financeiro). No Paraná, é a 10ª empresa em vendas brutas, com US$ 923,7 milhões de faturamento (cerca de R$ 1,4 bilhão), o que faz dela também a 32ª maior empresa (Imcopa Indústria S.A.) da Região Sul.

Nacionalmente, a Imcopa constitui o 98º maior grupo, com um faturamento de US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 1,9 bilhão). Para a safra 2008/2009, a previsão de processamento de soja no Brasil é da ordem de 32,4 milhões de toneladas, conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Um fato que reforça a auto-suficiência da Imcopa é a geração própria da energia elétrica que consome na unidade de Araucária, a partir de resíduos reaproveitados. Na fabricação de um de seus produtos, um concentrado protéico para ração animal, a Imcopa desenvolveu um sistema capaz de manter o processo industrial e ainda economizar, embora receba gás natural da Bolívia. De quebra, a empresa movimenta uma pequena frota de automóveis com o etanol que fabrica.

HISTÓRIA

A Imcopa – Importação, Exportação e Indústria de Óleos Ltda, tem um nome respeitado e conhecido no mercado internacional. A história do maior parque industrial de óleos vegetais do país, em Ponta Grossa, confunde-se com a da própria Imcopa, primeira companhia a se estabelecer naquela cidade. No início, sua capacidade de produção era de 20 toneladas por dia. Naquela época o cultivo de soja em Ponta Grossa era pouco expressivo. Buscando garantir a obtenção da matéria-prima, a Imcopa começou a espalhar a cultura da soja naquela área, distribuindo sementes gratuitamente aos produtores.

FONTE

Agência Estadual de Notícias

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