O último democrata



Itamar Franco quer acabar com voto obrigatório e reeleição
18 de fevereiro de 2011 • 
http://noticias.terra.com.br
CLAUDIA ANDRADE
Direto de Brasília

O ex-presidente da República e agora senador Itamar Franco (PPS-MG) deve apresentar na comissão da reforma política pelo menos duas propostas que prometem gerar polêmica. Ele defende o fim do voto obrigatório e o fim da possibilidade de reeleição.


Em relação ao voto obrigatório, o senador acredita que ele "deixa de ser consciente" a partir do momento em que uma viagem passa a ser mais importante do que o direito de exercer a escolha dos governantes. "A eleição vai para o segundo turno, mas aí o sujeito já marcou as férias, o feriado com a família. Aí o voto obrigatório deixa de ser consciente", alega.

Nas eleições de 2010, mais de 29 milhões de brasileiros (21,5% do eleitorado) não votaram no segundo turno, dia 31 de outubro, no meio do feriado de Finados.


Itamar não teme um provável baixo índice de presença caso a medida seja aprovada. "Isso vai depender dos candidatos. Nos Estados Unidos, a votação era pequena, até que surgiu um candidato que mobilizou os eleitores. O fim do voto obrigatório vai obrigar os candidatos a terem um contato muito mais forte com o eleitor", afirmou.


Reeleição

O senador, que presidiu o Brasil de 1992 a 1994, acha ainda que a oportunidade de ser presidente da República deve ser desfrutada uma única vez pelo eleito. "Quem já foi presidente duas vezes não poderia concorrer mais. Vamos dar oportunidade a outras pessoas. O cidadão fica oito anos no poder e quer voltar?", questiona.

Mais do que contrário à possibilidade de um ex-presidente se candidatar novamente ao cargo, Itamar acha que a reeleição deveria ser extinta. A emenda constitucional que permite a reeleição foi aprovada durante o governo do sucessor de Itamar, Fernando Henrique Cardoso.


Itamar integra a comissão da reforma política que deverá ser instalada no Senado Federal na próxima semana. O grupo terá 12 integrantes e 45 dias para elaborar um anteprojeto com as propostas apresentadas. Além do senador de Minas, outro ex-presidente estará na comissão, o senador Fernando Collor (PTB-AL).


"Desde 1994 eu ouço falar em reforma política. Acho que pode avançar agora porque o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) é um homem criterioso", avalia, ao citar o presidente da comissão. A Câmara dos Deputados também terá uma comissão para analisar a reforma política.


Existem certas coisas no país que deveriam ser abolidas mesmo. O voto obrigatório  não tem como ser pelo seguinte fato: Um adolescente de dezesseis anos pode votar , mas não é considerado pela justiça como um adulto responsável por seus atos. Se não é responsável , como é que pode votar?

Outro caso é a reeleição que foi criada pelo FHC, com o intuito de permanecer no poder por mais 4 anos.Se o governo é ineficiente, acaba perdendo mais 4 anos e o país fica 4 anos mais atrasado.Muitas reformas importantes deixaram de serem feitas no governo anterior. Foram porém criados o mensalão e novos esquemas corruptivos .

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