Carona legal


Comandante e amiga se contradizem sobre carona em avião presidencial

Em entrevista à rádio Estadão ESPN, nesta quinta-feira, 7, o comandante do avião da Presidência da República, coronel Geraldo Corrêa de Lyra Júnior, e sua amiga, a professora Amanda Correa Patriarca deram versões diferentes para explicar seu embarque, sem autorização da presidente Dilma Rousseff, em avião presidencial.

 Reportagem publicada pelo O Estado de S. Paulo, nesta quinta, mostra que Amanda, irmã de uma das comissárias da aeronave, viajou para Natal (RN), no carnaval.

Na entrevista, coronel Geraldo Corrêa de Lyra Júnior admite que Amanda é sua amiga, mas negou tê-la convidado ou autorizado o embarque. Afirmou ainda que a permissão é dada por autoridades ligadas à Presidência.

 Momentos antes, porém, Amanda afirmou à rádio ter pedido para embarcar e ter tido autorização do comandante. “Eu me convidei”, disse. Segundo ela, a solicitação foi feita por não haver mais vagas em aviões comerciais. “Mas não ficamos no mesmo lugar da Dilma. Eu não era a única civil lá dentro”, afirmou.

Ao fundo, coronel Geraldo Corrêa Lyra Júnior, durante a visita de Barack Obama ao Brasil. O episódio abriu uma crise no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança da presidente.

 A presença de uma estranha alojada de improviso no avião presidencial, sem a ciência de Dilma, foi considerada internamente um risco às regras no aparato de segurança e uma ousadia ao rigor militar.

 Questionado pelo Estado, o GSI entrou numa operação com o Palácio do Planalto para evitar expor o episódio. No final desta manhã, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, comentou à rádio Estadão ESPN as declarações do comandante e declarou que o acesso ao avião presidencial só é feito com autorização da chefia de gabinete.

 “Acho pouquíssimo provável que ele tenha cometido um deslize dessa natureza. Prefiro evitar julgamentos”, disse. De acordo com o ministro, o caso está sendo checado na chefia de gabinete. / Com informações de O Estado de S. Paulo

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