Governo planeja erguer entre 4 e 6 usinas nucleares até 2030
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, o consumo de energia no Brasil vai crescer 3,7% ao ano até 2030
26 de abril de 2011O Estado de São Paulo
BBC Brasil
RIO -
A Eletronuclear, empresa ligada ao governo e responsável pela operação das usinas nucleares brasileiras, planeja construir de quatro a seis novos reatores para entrar em operação até 2030. A meta faz parte do Plano Nacional de Energia, traçado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pelo Ministério de Minas e Energia.
De acordo com Manuel Diaz Francisco, coordenador de Comunicação e Segurança da Eletronuclear, uma "pesquisa em todo o território nacional" já está em andamento para erguer as novas usinas, e os planos não serão afetados pelo recente acidente de Fukushima, no Japão.
"Fukushima apareceu e vai causar um impacto. Mas temos todas as indicações de que o programa nuclear vai em frente. No fim do ano passado, assinamos um contrato com a EPE e a Secretaria de Assuntos Estratégicos para pesquisa de todo o território nacional, e em breve teremos um menu de opções", afirma Francisco.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, o consumo de energia no Brasil vai crescer 3,7% ao ano até 2030. Hoje, a energia nuclear responde por 2,5% da energia elétrica no Brasil. Até 2030, a previsão é de que o percentual chegará a 5%.
O plano é construir duas usinas no Nordeste e duas no Sudeste, cada uma com capacidade instalada de mil megawatts cada (Angra 1 e 2, juntas, têm capacidade instalada de quase 2 mil MW). Conforme a demanda, outras duas do mesmo tamanho poderão ser construídas.
Cronograma
O cronograma prevê que a primeira usina entre em operação em 2019, no Nordeste, e a quarta em 2025, no Sudeste. Assim, a construção da primeira deve ser iniciada já no fim de 2012 ou no início de 2013, segundo Francisco.
"Por uma questão de responsabilidade socioeconômica, o Brasil precisa dar ao cidadão uma oferta maior de energia", diz o porta-voz da Eletronuclear.
Ele aponta que o consumo de energia per capita no país ainda é menor do que no Chile, na Argentina ou no México, e menos da metade do que na Espanha. Com um maior desenvolvimento do país, a tendência é que essa taxa aumente, afirma o porta-voz.
Francisco destaca ainda que o Brasil é hoje o 6º país que mais tem minério de urânio, apesar de só ter prospectado 30% de seu território.
"São poucos os países que têm o minério, têm toda a tecnologia de enriquecimento do urânio, têm usinas nucleares e sabem operá-las bem, sempre com segurança. Isso é estratégico para o Brasil, não podemos abrir mão disso", defende.
A Eletronuclear administra Angra 1 e 2 e está construindo Angra 3, todas no litoral do Estado do Rio de Janeiro.
O acidente em Fukushima reacendeu o debate sobre o uso da energia nuclear e motivou protestos no mundo todo, inclusive no Brasil.
Na segunda-feira, o Greenpeace fez uma manifestação contra a construção de Angra 3 em frente ao BNDES, no Rio, lançando sinalizadores para simular a contaminação por radiação. A ONG pede que a instituição suspenda o financiamento de R$ 6 bilhões para a construção da usina.
A energia nuclear também voltou ao debate no Congresso. No último dia 15, 13 deputados federais visitaram a central nuclear de Angra para verificar o nível de segurança das usinas. Eles marcaram uma audiência pública em Brasília para discutir o plano de emergência e os custos da geração da energia nuclear em comparação a outras fontes.
(Júlia Dias Carneiro)
É interessante a gente analisar como há um abismo entre o que o povo inteligente e o governo pensa. Ja que eles foram eleitos pelos cidadãos ,deveriam pensar igual a êstes.Mas não é bem por aí que a coisa caminha.
O governo tem tendências a pensar de uma forma que está totalmente fora da lógica.Mesmo com os acontecimentos recentes no Japão,eles seguem firmes nos velhos planos. Se uma usina dessas der algum problema, que Deus nos acuda.Um ótimo lugar para instalar uma delas seria Brasilia.
Não sei se há uma burrice generalizada ou eles vivem em uma outra dimensão.Se formos olhar para a educação do povo e seu nivel de ignorância, temos a resposta.Se a maioria do povo é ignorante, obviamente vai colocar no poder só gente ignorante.
Daí não ha Greenpeace ou outras ongs que os convença que o caminho não é êsse. A usina Belo Monte está pronta para começar a ser construida, mesmo até burro sabendo do enorme impacto ambiental que ela irá causar.
Outra coisa que se resume mais a um grande teatro, que é o que os políticos gostam, é a campanha ja desgastada do desarmamento.
Desarmamento do cidadão de bem.Os bandidos e a polícia ficam de fora.
Com besteiras atras das outras, vão formando um grande rosário,desde os tempos do "filho do Brasil".
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