O céu é o limite


           Pacote de tarifa bancária sobe até 124%

Pesquisa do Idec mostra como instituições se comportaram desde que o Banco Central adotou norma para cobranças, em abril de 2008  

10 de maio de 2011

Leandro Modé, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Três anos depois de o Banco Central (BC) adotar normas para padronizar as tarifas bancárias, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) fez um levantamento que chega a três conclusões principais: o pacote que inclui vários serviços ficou até 124% mais caro; as receitas dos bancos com tarifas subiram, em média, 30%, acima da inflação de 18% do período; e as queixas ao BC sobre o tema continuaram crescendo.


O levantamento, obtido com exclusividade pelo Estado, engloba as sete maiores instituições financeiras de varejo: Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander, Caixa, HSBC e Banrisul. Segundo o Idec, uma cópia do trabalho foi entregue ao BC na terça-feira da semana passada.

 A assessoria do BC confirmou o recebimento, mas observou que, até ontem, o documento não havia sido encaminhado à área responsável por essa regulamentação, o Departamento de Normas.

A pesquisa revela, por exemplo, que o Pacote Simples para correntistas do Santander saiu de R$ 8,90 por mês em abril de 2008 (quando a norma passou a vigorar) para R$ 19,90 em março. 

É uma alta de 124%. Procurado, o banco informou que "os valores auferidos em 2008 e em 2011 não correspondem ao mesmo pacote de serviços". "O atual pacote tem inúmeros serviços e vantagens adicionais."

Outra revelação é que, na média, as receitas dos bancos com tarifas cresceram 30% entre dezembro de 2008 e dezembro de 2010 (as datas são diferentes porque o Idec, neste caso, utilizou os balanços anuais divulgados pelas instituições). A Caixa foi o banco que teve a maior expansão no intervalo: 83%.

O Idec também constatou que, apesar das regras, as queixas em torno de tarifas continuaram a crescer - segundo analistas, era de se esperar o contrário, porque a normatização veio para facilitar o entendimento.

 De abril de 2009 (quando o BC mudou a nomenclatura de seu ranking de queixas) a março de 2010, houve 1.406 reclamações contra tarifas. Nos 12 meses seguintes, foram 1.553, alta de 10%.

Em resposta ao Idec, o diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) André Luiz Lopes dos Santos reconhece que "pode haver um déficit de informação". "É praticamente impossível controlar a postura de cada vendedor (funcionário)."

Ele pondera, no entanto, que a própria Febraban tem um site no qual é possível comparar as tarifas entre as instituições. "Sei que, na hora de abrir uma conta, no banco, é difícil lidar com tanta informação. Mas uma consulta ao site deixa o cliente mais bem preparado para decidir."


Esse é o negócio mais rentável no país. Melhor ou igual a isso, somente cobrando pedágio nas rodovias paulistas.Além de terem total liberdade para explorar o povo, ainda tem a proteção do governo. Este, quase morre de medo de algum banco falir e desestruturar suas bases.


Dizem que se uma coisa dessas acontecer haverá uma corrida ao bancos e em conseqüência a economia vai para o brejo.Por isso que criaram o tal de BNDES para acudir os bancotes mais fracos e alguma  rede de tv amiga.

Empresta-se dinheiro a eles para receber depois, não sei de que jeito.Por outro lado, o governo tem da parte dos bancos a maior fidelidade.São como a unha e a carne.Basta dar um telefonema e eles bloqueiam tudo.Isso aconteceu no governo Collor.

Muita gente morreu do coração, outros tantos se suicidaram e centenas de milhares perderam dinheiro na famosa poupança. Conheço gente que tinha o dinheiro para comprar casa, carro e foi tudo para as cucuias.Hoje, garantem de mãos juntas que nunca mais acontecerá isso. Palavra de políticos. Você acredita neles?
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1527454-9356,00-MARCADO+PELO+BLOQUEIO+DA+POUPANCA+PLANO+COLLOR+COMPLETA+ANOS.html

Nenhum comentário: