Nas decadas de 50 e 60,o passageiro pegava um trem em Itararé e ia até São Paulo, ou vice versa.Todas as cidades intermediárias eram servidas pela ferrovia Sorocabana.
Depois do golpe de 64, quando se implantou a ditadura militar,foi também o golpe de misercordia para as ferrovias brasileiras. Na matemática furada do governo, o futuro estava nas rodovias e começou a investir nelas em detrimento de outras formas de transporte.
O combustível do petróleo era barato e tudo se encaminhava para o "Ninguem segura o Brasil".A tv globo , parceira do governo e defensora dos métodos ditatoriais, estava incumbida de fazer a cabeça do povo ignorante.
No programa "Amaral Neto, o reporter" a bajulação corria desenfreada e era mostrada as grandes obras do governo, entre elas a famosa rodovia transamazônica, que só ficou na fama.Ou melhor, na lama.
O povo engolia tudo como até hoje engole e via um país deslanchando para o progresso, ladeira abaixo. Com o passar dos anos a OPEP, organização dos países produtores de petróleo, fundada em 1960,resolveu aumentar o preço do petróleo.
A crise do petróleo foi desencadeada num contexto de déficit de oferta, com o início do processo de nacionalizações e de uma série de conflitos envolvendo os produtores árabes da OPEP, como a guerra dos Seis Dias (1967), a guerra do Yom Kipur (1973), a revolução islâmica no Irã (1979) e a guerra Irã-Iraque (a partir de 1980).
Os preços do barril de petróleo atingiram valores altíssimos, chegando a aumentar até 400% em cinco meses (17 de outubro de 1973 – 18 de março de 1974), o que provocou prolongada recessão nos Estados Unidos e na Europa e desestabilizou a economia mundial.
Desde então, o petróleo ia subindo desenfreadamente, para desgosto dos militares da época.O sonho do "ninguem segura o Brasil"estava desmoronando.A transamazônica estava sendo deixada de lado, visto ser um projeto caro e que não estava dando certo nem nos complexos cálculos ufânicos.
E as ferrovias nessas alturas ja estavam sendo sucateadas. Eles não conseguiam ver que era um modelo de tranporte que quase não depende do petróleo e o custo-benefício, animador. Hoje temos da antiga Sorocabana somente o nome gravado nos altos-relevos das estações em ruínas.Muitas acabaram virando museu e biblioteca.
Hoje, os trilhos servem somente para transporte particular.Tantas histórias e romances envolveram a ferrovia por muitas gerações.Com tudo isso, da para a gente ver como um governo descontrolado e inapto, consegue acabar com um país.Hoje não temos ferrovias e nem a transamazônica.
E não temos até agora , governo de visão que olhe para esse lado e invista pesado nesse transporte tão eficiente e barato.Será que somos um país de idiotas?A história comprova que sim. Nossos políticos são muito espertos para arranjarem suas próprias vidas com uma seqüencia de mandatos.
Está na cultura, que os benefícios para o povo ficam em segundo lugar.É por isso que vemos uma aceleração e inauguração de obras em anos eleitorais.
Outros anos ficam imersos em um marasmo administrativo.Depois do sucateamento ferroviário pelos militares, ja na plena pseudo-democracia o governo de FHC (Hoje tão badalado pela imprensa) deu o golpe de misericórdia com as privatizações de setores importantes , tudo a preço de banana.
Por lembrar em bajulação,outra coisa que não se entende neste país é a mania de endeusar trambiqueiros.Parece que foi criado uma "Olimpo" brasileira, onde temos nossos deuses, adorados pela imprensa e pelos políticos.Menos por nós, cidadãos pagadores de impostos.
Parece que agora, o governo petralha está começando a ver a necessidade das ferrovias.Um leve aceno foi feito nessa direção.Esperemos.
Parece que agora, o governo petralha está começando a ver a necessidade das ferrovias.Um leve aceno foi feito nessa direção.Esperemos.
Mas agora ja estamos em plena crise de combustível. Explicação detalhada sobre o problema, está no livro do português José Rodrigues dos Santos, "O Sétimo Selo".
Ou será que temos que adotar a frase: Antes tarde do que nunca?Em uma moeda de dez cruzeiros de 1983 no lado cara, tem um mapa do Brasil com 6 riscos se cruzando de leste a oeste e de norte a sul.
Será um projeto de ferrovias que ficou somente no mapa do tempo, ou era o projeto de encher o país de rodovias, que morreu prematuramente?
Ou será que temos que adotar a frase: Antes tarde do que nunca?Em uma moeda de dez cruzeiros de 1983 no lado cara, tem um mapa do Brasil com 6 riscos se cruzando de leste a oeste e de norte a sul.
Será um projeto de ferrovias que ficou somente no mapa do tempo, ou era o projeto de encher o país de rodovias, que morreu prematuramente?
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