Vá vivo, para o inferno.


























OEA discute tortura e lotação em prisões

do País

20 de março de 2010 | 0h 00

Patrícia Campos Mello - O Estadao de S.Paulo

Pela primeira vez, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos

da Organização dos Estados Americanos (OEA) realizou, ontem,

audiência sobre o sistema carcerário brasileiro. A entidade estuda

enviar uma missão ao País para investigar o problema.


As denúncias de tortura nas prisões do Espírito Santo, no presídio

de Urso Branco, em Rondônia, e a situação em São Paulo - que

abriga um terço da população prisional do País - precipitaram a

convocação da audiência.


"O sistema carcerário no Brasil já é um vexame internacional,

condenado por várias entidades de direitos humanos, mas

continua chocando porque a situação está cada vez mais horrível",

disse ao Estado Fernando Delgado, advogado da Justiça Global,

que depôs na audiência. "Um em cada cinco presos no Brasil está

encarcerado indevidamente: ou nunca deveria ter sido preso

ou já cumpriu sua pena."


Há 470 mil presos no Brasil, cuja capacidade é de 300 mil.

Em 15 anos, a população carcerária saltou de 148 mil para

470 mil. Delgado citou casos de 700 presos que viviam sob

um calor de 56°C e de uma adolescente que ficou numa cela

com 20 homens por 20 dias. Em 2009, foram feitas 71

denúncias de tortura.


"O sistema carcerário brasileiro descumpre a Constituição e

os tratados internacionais", disse o deputado Domingos Dutra

(PT-MA), relator da CPI do Sistema Carcerário Brasileiro, em

seu depoimento. Dutra pede que a OEA envie uma missão ao

Brasil. Na audiência, ele apresentou o relatório do que foi

apurado pela CPI e as condições dos presídios brasileiros,

com fotos de presos doentes, feridos e mortos.


Ruy Casaes, embaixador do Brasil na OEA, disse que o governo

brasileiro vai enviar ao órgão um relatório sobre o que está

sendo feito para resolver o problema. Ele disse também que

se espera uma visita da comissão de direitos humanos em breve.


Se por um lado o sistema é deficiente e os governos tanto estaduais

como o federal não se incomodam nem um pouco com isso, por outro,

nestes tempos modernos, já temos organizações que podem influenciar

em políticas fajutas como a nossa ,onde só se pensa em eleições e

entrar no poder para usufruir das benesses de rei.


Não somos a favor de bandidos , mas a favor da justiça plena e humana.

Hoje aqui no Brasil, temos o privilégio de irmos ao inferno mesmo

estando vivo...se for pobre é só cometer um crime, por pequeno que

seja , que será encaminhado para lá. Enquanto isso, o presidente com

a maior cara de pau, sai pelo mundo dando uma de conciliador.

Tentando vender a ideia que aqui não temos problemas de direitos

humanos e maquiando o inferno, como se fosse o paraíso.


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